Empresa suspende alimentação em Maternidade de Porto Velho

Atraso no pagamento seria motivo da suspensão.
Secretaria de Saúde classificou situação como 'irresponsável e errônea'.

Vanessa Vasconcelos Do G1 RO

Empresa terceirizada suspendeu o fornecimento de refeições para funcionários e acompanhantes na Maternidade Municipal de Porto Velho (Foto: Vanessa Vasconcelos/G1)

O fornecimento de refeições para funcionários e acompanhantes de pacientes da Maternidade Municipal de Porto Velho foi suspenso pela empresa terceirizada responsável pelo serviço. O atraso nos pagamentos, que já passa de dois meses, seria o motivo da suspensão. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) afirma que os salários não foram realizados devido à falta de documentação da empresa e classificou a suspensão como “irresponsável e errônea”, por parte da contratada.
O conferente Cleiton Ferreira Braga está com a esposa internada na maternidade desde a manhã desta segunda-feira (12) e reveza com a sogra na hora da visita. Segunda ele, neste período, nenhuma refeição foi servida aos acompanhantes. “É um gasto grande que a gente tem, não deram nenhuma explicação e a gente tem que se virar”, afirma Braga, que diz gastar entrar R$ 10 a R$ 15 com marmita.

O funcionário público Cleiton Costa, também com a esposa internada, reclama da mesma situação. “Cada um tem que dar seu jeito. Primeiro disseram que iam cortar a refeição dos acompanhantes, depois foi a vez dos funcionários. Falta quanto para cortar a dos pacientes também?”, indaga Costa. “Comida é uma coisa que não pode faltar em lugar nenhum, principalmente em uma unidade de saúde”, completa o funcionário público, indignado.
Servidores da maternidade não quiseram falar sobre o caso. Ao G1, o chefe de gabinete da Semusa, Welington Maria da Costa Aguiar, confirmou a suspensão do fornecimento de refeição por parte da empresa. “Foi uma atitude irresponsável, errônea, pois a secretaria sequer foi notificada”, afirmou o representante.
Ele explica que a empresa alegou o atraso no pagamento das notas de serviço dos meses de junho e julho para a suspensão, entretanto, contratualmente, a empresa só poderia tomar esta atitude após três meses de atraso e mediante notificação do órgão, o que não aconteceu. O não pagamento das notas se deu, de acordo com a Semusa, devido a falta de certidões negativas de tributos da empresa.
Ainda de acordo com Aguiar, o serviço será restabelecido ainda nesta terça-feira (13). Pela suspensão, a empresa, que não foi localizada pelo G1, será notificada.