MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 11 de agosto de 2013

"Eleição se ganha com propostas, não com denúncias", diz Cristina Kirchner


LÍGIA MESQUITA
DE BUENOS AIRES - FOLHA DE SÃO PAULO
Ao votar durante a manhã nas primárias obrigatórias para o Legislativo da Argentina, Cristina Kirchner rebateu perguntas de jornalistas sobre denúncias de corrupção em seu governo.
"Venho escutando denúncias há 20 anos. Desde 1987 e durante o governo de Néstor na prefeitura [de Río Gallegos]. Em seus três governos, durante seu mandato na Presidência e nos dois meus", disse. "Elas são feitas em épocas eleitorais e depois não dão em nada. Mais do que com denúncias, [a eleição] tem que ser ganha com propostas, com gestão e com governo", afirmou a presidente em uma escola de Río Gallegos, Província de Santa Cruz.
Cristina também disse que as eleições estão ocorrendo de maneira normal em todo o país. "Algumas vozes agourentas, que sempre existem, disseram que haveria demora. Mas, ao contrário, vai tudo muito bem." A presidente também ressaltou que as primárias obrigatórias são "um passo na democratização da política".
PRIMÁRIAS
Hoje, os argentinos de 18 a 70 anos são obrigados a ir às urnas para eleger quais candidatos ao Senado e à Câmara deverão concorrer ao pleito de 27 de outubro. Os partidos que não alcançarem o mínimo de 1,5% de votos não estarão aptos a participar da eleição.
A presidente retorna a Buenos Aires nesta tarde para acompanhar o resultado das eleições em um hotel no centro da cidade onde foi montado o bunker de sua coalização, a Frente para a Vitória.
As últimas pesquisas divulgadas durante a semana mostram que o kirchnerismo deverá ficar com o segundo lugar na Província de Buenos Aires, que tem o maior número de eleitores do país (37,3%).
Segundo a sondagem da consultoria Poliarquía, Sérgio Massa, pré-candidato a deputado pela Frente Renovador, de oposição, tinha 32,8% dos votos, contra 30,1% do kirchnerista Martín Insaurralde.
"Em 2011, Cristina Kirchner foi reeleita com 53,8% dos votos. Hoje, o oficialismo deve conseguir entre 30 e 35% dos votos", disse à Folha o diretor da Poliarquía, Alejando Catterberg.
O pleito de outubro coloca em jogo a governabilidade de Cristina Kirchner nos próximos dois anos de seu mandato. Sem a maioria na Câmara, ela não conseguirá aprovar uma reforma constitucional que lhe dê a possibilidade de um terceiro mandato.

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