Moeda norte-americana encerrou o pregão de sexta a R$ 2,396, maior patamar desde março de 2009
Mercado de câmbio segue tendência de alta
(Divulgação)
A moeda norte-americana vem registrando forte alta por causa do pessimismo do mercado em relação à economia brasileira e ante a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) coloque fim à sua política mensal de estímulos econômicos.
Para tentar impulsionar a economia dos EUA, o Fed injeta, mensalmente, 85 bilhões de dólares na economia do país por meio da compra de ativos financeiros. A medida altera o mercado de câmbio local e também dos demais países, principalmente dos emergentes, como o Brasil. Ao despejar tamanha quantia de dinheiro na economia, a moeda norte-americana tende a se desvalorizar. O movimento contrário, contudo, faz com que o dólar suba frente às principais divisas.
Na sexta, o dólar encerrou o pregão a 2,396 reais, maior patamar desde 3 de março de 2009. A moeda norte-americana disparava à medida que os investidores aproveitavam a alta global da moeda dos Estados Unidos para pressionar o Banco Central a atuar com mais intensidade nos mercados. No acumulado da semana, a valorização foi de 5,3% - a maior alta semanal desde novembro de 2011.
Para tentar combater a alta da divisa norte-americana, o BC vem atuando repetidamente no mercado de câmbio, por meio de leilões de swap cambial. Contudo, tais medidas não têm conseguido conter a escalada da moeda no país. Analistas do mercado têm destacado que a autoridade monetária não conseguirá reverter a tendência de alta sem atuar no mercado à vista. Na quinta-feira, no entanto, o BC afirmou em comunicado que "continuará com sua política de intervenções pontuais no mercado futuro de câmbio", declaração que foi interpretada por investidores como um sinal de que, por enquanto, o BC não pretende vender dólares no mercado à vista.
Bolsa — Após encerrar a semana passada acumulando oito pregões seguidos de valorização, igualando a melhor sequência desde janeiro de 2012, a BM&FBovespa abriu o pregão desta segunda-feira devolvendo parte desses ganhos recentes. Os investidores tiram proveito do ritmo lento dos mercados internacionais, que estão em compasso de espera pela ata da reunião de julho do Fed e engatam o movimento neste dia de vencimento de opções sobre ações. Mas as atenções internas também estão voltadas ao dólar. Por volta das 10h41, o Índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,64%, aos 51.210 pontos.
(com Estadão Conteúdo) / VEJA.COM
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