MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 4 de agosto de 2013

Distribuição de água pode ser a causa de epidemia de diarreia em AL


Estado registra mais de 80 mil casos e 51 mortes pela doença.
Reportagem da TV Gazeta flagra carros-pipa em péssimas condições.

Do G1 AL com informações da TV Gazeta

Mais de 80 mil pessoas foram vítimas de diarreia em Alagoas. E a água consumida de maneira irregular tem sido apontada como a causa do surto, que já matou 51 pessoas.

A água do Rio São Francisco abastece mais de 200 carros-pipa coordenados pelo governo, exército e prefeituras, no município de Pão de Açúcar, Sertão de Alagoas. Os fiscais do exército adicionam cloro granulado mas só na hora do abastecimento.
"Só com o cloro eu não acredito que a água vai para o consumo humano de boa qualidade", diz o pipeiro José Douglas.
A ferrugem exposta nos tanques é um sinal da falta de manutenção. E os pipeiros sabem dos riscos. Moacir Cabral diz que o problema é causado pelas chuvas. "Sempre tem ferrugem, mas por dentro a gente limpa o carro e fica limpo", diz
A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) atribui a qualidade da água distribuída por carros-pipa como uma das causas da epidemia de diarreia em 16 municípios. A dona de casa Maria do Carmo teve a doença. "Deu diarreia e vômito e foi muito que quase que eu enfraquecia mesmo", diz.
No povoado de Lagoa da Cobra em São José da Tapera, alto Sertão, o carro-pipa abastece a cisterna e a água é consumida sem qualquer medida de higiene. "A gente usa pra a limpeza da casa, pra beber, cozinhar, tomar banho, pra tudo", diz a dona de casa Maria Célia da Silva que confessa não ferver a água e quando não tem o cloro usa água do mesmo jeito.

Em Palmeira dos Índios mais de oito mil pessoas estão com sintomas de diarreia, o que representa 12% da população. A companhia de abastecimento em Palmeira dos Índios mantém a distribuição regular de água tratada para o município e mais nove cidades vizinhas, mas muitas comunidades ainda não têm acesso à água tratada.

O problema, segundo a companhia, não está na água que sai das estações de tratamento, mas sim nas fontes alternativas como poços, cacimbas e reservatórios particulares onde a água não tem controle de qualidade.
Em Estrela de Alagoas, cidade vizinha, a água da chuva passa por calhas enferrujadas com dejetos, vai para as cisternas e sem tratamento é consumida pelas famílias. "Não tem outra, o jeito é beber essa mesmo", lamenta José Teixeira, trabalhador rural.

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