MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Decisão judicial que obriga médicos a operar pacientes revolta classe


Profissionais reclamam da falta de condições para realizar cirurgias.
Dois ortopedistas foram notificados pela Justiça a pagar multa de R$ 2 mil.

Maiara Pires Do G1 AP

Decisão judicial do Juizado Especial de Fazenda Pública da Comarca de Macapá revoltou a classe médica amapaense. Dois ortopedistas que atuam na rede pública do estado foram notificados pela Justiça a pagar multas no valor de R$ 2 mil se não operarem pacientes que precisam de intervenção cirúrgica.
Para Joel Brito, um dos médicos ortopedistas notificados, o servidor público não pode ser penalizado por uma situação que não é de responsabilidade dele. "Não é competência do médico ficar correndo atrás de sala cirúrgica, providenciar material, medicamentos, UTI. Isso é competência do gestor", replicou.
As entidades médicas já estão se mobilizando para intervir em favor dos profissionais. "Estamos orientando os médicos que forem notificados pela Justiça a prepararem os pacientes para cirurgia e, se o procedimento não ocorrer, que expliquem ao juiz os motivos que levaram ao cancelamento", informou o presidente do Sindicato de Médicos do Amapá (Sindmed-AP), Fernando Nascimento.
O sindicalista considerou a decisão do juiz Luciano Assis "totalmente equivocada. Não tem sentido o médico pagar uma conta que é do Estado. É obrigação do poder público dotar os profissionais de condições mínimas para atender aos pacientes", reafirmou.
Fernando Nascimento revelou que diante da decisão judicial, alguns médicos já cogitam a possibilidade de ir embora do estado.

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