MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Conheça a história da revolução que tornou o Acre brasileiro


Acre celebra 111 anos da Revolução Acreana nesta terça-feira (6).
'Falta uma história social das pessoas comuns', diz historiador.

Do G1 AC

 O 111º aniversário da revolução que resultou na anexação do território acreano ao Brasil é comemorado nesta terça-feira (6). Região rica em seringueiras, de onde se extraía o látex, o território do Acre pertencia a Bolívia até a chegada dos primeiros imigrantes vindos do Nordeste do Brasil em busca de melhores condições de vida.

A primeira insurreição começou em 1899, quando o jornalista e diplomata espanhol Luís Galvez Rodriguez de Arias proclamou a República Independente do Acre a qual governou por cerca de 100 dias até ser destituído pelo exército brasileiro que devolveu o território à Bolívia, já que o Tratado de Ayacucho, assinado entre os dois países em 1867, reconhecia o Acre como território boliviano.


Mas a revolução propriamente dita só começou no dia 6 de agosto de 1902. Liderados por José Plácido de Castro, os revolucionários aproveitaram as comemorações da Independência da Bolívia para atacar. "Os conflitos que levaram a incorporação do Acre ao Brasil foram orientados pela economia da borracha", explica o historiador Daniel Klein.

A revolução terminou em 1903 com a assinatura do Tratado de Petrópolis que anexou de vez o Acre ao Brasil. A história já foi tema de inspiração para uma minissérie na TV Globo, em 2007 ia ao ar Amazônia de Galvez a Chico Mendes, escrita pela novelista Glória Perez. A obra narrava entre outros momentos da história acreana, fatos e personagens que fizeram parte da Revolução.

História
Mais de 100 anos depois a Revolução Acreana ainda permeia o imaginário popular e é tema de estudos. Para Daniel Klein um aspecto que precisa ser mais estudado, é como a população foi envolvida durante as batalhas.

"Falta uma história social das pessoas comuns que tomaram parte do movimento. Por exemplo como ocorreu o processo de coerção dos seringueiros para lutar nos vários combates", salienta.

O historiador acredita ainda que o termo 'revolução' não é o  melhor para denominar o que aconteceu no estado. "Tratar o conflito como 'Guerras pelo Acre' é mais interessante que a ideia de revolução, que possibilitou a incorporação armada do Acre ao Brasil", disse.
Colaborou Daniel Scarcello, da TV Acre.

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