Acre celebra 111 anos da Revolução Acreana nesta terça-feira (6).
'Falta uma história social das pessoas comuns', diz historiador.
A primeira insurreição começou em 1899, quando o jornalista e diplomata espanhol Luís Galvez Rodriguez de Arias proclamou a República Independente do Acre a qual governou por cerca de 100 dias até ser destituído pelo exército brasileiro que devolveu o território à Bolívia, já que o Tratado de Ayacucho, assinado entre os dois países em 1867, reconhecia o Acre como território boliviano.
A revolução terminou em 1903 com a assinatura do Tratado de Petrópolis que anexou de vez o Acre ao Brasil. A história já foi tema de inspiração para uma minissérie na TV Globo, em 2007 ia ao ar Amazônia de Galvez a Chico Mendes, escrita pela novelista Glória Perez. A obra narrava entre outros momentos da história acreana, fatos e personagens que fizeram parte da Revolução.
História
Mais de 100 anos depois a Revolução Acreana ainda permeia o imaginário popular e é tema de estudos. Para Daniel Klein um aspecto que precisa ser mais estudado, é como a população foi envolvida durante as batalhas.
"Falta uma história social das pessoas comuns que tomaram parte do movimento. Por exemplo como ocorreu o processo de coerção dos seringueiros para lutar nos vários combates", salienta.
O historiador acredita ainda que o termo 'revolução' não é o melhor para denominar o que aconteceu no estado. "Tratar o conflito como 'Guerras pelo Acre' é mais interessante que a ideia de revolução, que possibilitou a incorporação armada do Acre ao Brasil", disse.
Colaborou Daniel Scarcello, da TV Acre.
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