MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Casos de diarreia diminuem em AL, mas mortes continuam ocorrendo


Último estudo diz que quantidade de municípios atingidos caiu para 11.
Surto da doença registrou 54 óbitos a última segunda-feira (5).

Do G1 AL

Ministério da Saúde já enviou mais de 7.000 caixas de hipoclorito de sódio para Alagoas (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Ministério da Saúde já enviou mais de 7.000 caixas
de hipoclorito de sódio para Alagoas.
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Apesar de o surto de diarreia já ter levado à morte 54 pessoas em Alagoas de maio deste ano até esta segunda-feira (5), o último boletim da Vigilância Epidemiológica do estado, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), aponta uma queda no número de casos registrados nas últimas semanas.

De acordo com o levantamento, na primeira semana do surto foram registrados 7.890 casos e na última, 1.874. Além disso, a quantidade de municípios atingidos caiu de 25 para 11.

Ainda continuam em epidemia Arapiraca, Batalha, Maravilha, Minador do Negrão, Olho D’Água das Flores, Palmeira dos Índios (cidade com maior número de casos – 8.632), Pariconha, Rio Largo, Santana do Ipanema, Taquarana e Traipu. O total de casos contabilizados até agora em todo o estado é de 83.441, um número 75% vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2012 (47.486 casos).

O surto deixou a população amedrontada e os órgãos em alerta no estado. Segundo a Sesau, as causas da epidemia estão relacionadas às bactérias, vírus e parasitas detectados na água proveniente de fontes alternativas. Por isso, o órgão orienta que a população adote medidas simples de higiene, como lavar as mãos e os alimentos, além de cuidados com a água que será utilizada, a exemplo do uso do hipoclorito e da fervura, nos casos em que ela não for tratada.

Investigação
O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito civil para apurar os casos de diarreia registrados nos municípios de Arapiraca e Craíbas. De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (6), serão notificados os secretários de Saúde de Alagoas, Jorge Villas Bôas, além dos secretários municipais dos municípios afetados, para fornecerem informações acerca das providências adotadas para resolver o problema.
Secretário Jorge Villas Boas diz que casos diminuíram nas últimas semanas. (Foto: Carolina Sanches/ G1)Secretário Jorge Villas Boas diz que casos
diminuíram nas últimas semanas.
(Foto: Carolina Sanches/ G1)
Coletiva
Durante coletiva na manhã da quinta-feira (1º), o secretário de estado da Saúde, Jorge Villas Boas, afirmou que o surto da doença continua, mas disse que os casos vem diminuindo há quatro semanas.
“Vamos aos locais para detectar quais foram as causas e agentes epidemiológicos. Também, se for possível, verificar se houve falha no atendimento. Não podemos falar que não houve atendimento adequado sem que haja uma investigação. Pelo que já está sendo observado, na maioria dos casos da doença, as pessoas consumiram água sem o tratamento adequado”, falou.

O secretário destacou que o problema pode ter se agravado por causa da estiagem prolongada, que fez com que muitas pessoas procurassem água para consumo nem fontes impróprias. Segundo ele, as causas da epidemia estão relacionadas às bactérias, vírus e parasitas, detectados na água proveniente de fontes alternativas.
“São mortes que poderiam ser evitadas se fossem tomados os cuidados dentro de casa. Quando fica muito tempo de seca e chove a água que vai para a rede de abastecimento também pode ser contaminada”, expôs.
A superintendente de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Sandra Canuto, falou sobre a importância de um trabalho preventivo para orientar a população sobre os cuidados com o tratamento da água. “As ações foram intensificadas, o que fez com que o surto fosse controlado. Os casos estão decrescentes, mas mesmo assim o trabalho continua intenso nos 25 municípios que registraram epidemia”, explicou.

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