MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Campos afirma que, quando Lula quiser, vai ao seu encontro


Eduardo fez elogios a Lula e afirmou 'conversar sempre' com ex-presidente.
No entanto, voltou a reforçar que ainda não é tempo de decidir sobre 2014.

Katherine Coutinho Do G1 PE

Campos participou da inauguração em Olinda. (Foto: Katherine Coutinho / G1)Campos participou de inauguração de terminal de ônibus
em Olinda. (Foto: Katherine Coutinho / G1)
“A hora que o presidente Lula desejar falar comigo, como todas as vezes que ele desejou, eu vou ao encontro dele”, afirmou o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, nesta quinta-feira (15), em resposta ao convite público feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (13). O governador participou da entrega de um Terminal Integrado de Ônibus, em Olinda.
A declaração de Lula para Campos foi feita na saída de uma visita de cortesia ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em Brasília. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que o governador de Pernambuco teria seu respeito caso seja candidato à presidência em 2014, mas que gostaria de tratar com o presidente nacional do PSB sobre a sucessão presidencial.

Sobre a possível conversa focando as eleições presidenciais de 2014 e um futuro apoio a Dilma Rousseff, Campos voltou a reforçar que não vai discutir o pleito antes do próximo ano, mas que nem por isso se furtaria a conversar com Lula sobre o tema. “Na hora que um ex-presidente da República, com a expressão que ele tem, precisar falar comigo, quem vai ao encontro dele sou eu. Sempre foi assim, não é de hoje. E vamos discutir o assunto que ele desejar discutir. Agora não tenho, em relação a alguns temas, respostas nem decisões a dar ainda e ele sabe disso, porque há no partido um entendimento de caráter geral em que as decisões sobre quadro eleitoral e o que fazer vão ser tomadas em 2014. Isso não impede que a gente converse muito, que a gente dialogue com o maior respeito, com toda a atenção”, ponderou o governador.
Campos fez questão também de reforçar o respeito que tem pelo ex-presidente, afirmando que as declarações de Lula nada tem a ver com o reconhecimento de um enfraquecimento da atual presidente. “Eu tributo as palavras do presidente Lula ao jeito largo que ele sempre nos tratou. Uma relação que vai além da política e das idas e vindas da política. Nós já concordamos sobre muita coisa e já discordamos sobre muita coisa. Nunca deixamos que isso afetasse da minha parte o respeito que tenho por ele, tributo ele como líder político, como um amigo, que é assim que o considero, um amigo. Eu tenho clareza de que as palavras do Lula não é nada diferente de tantas outras palavras que em outros momentos ele já direcionou ao meu partido e a relação que a gente tem”, disse.
Apesar de afirmar que pode encontrar com Lula a qualquer momento, o governador garantiu que não tem nada marcado para os próximos dias. “Não tem nada aprazado para esses dias. O que eu acho é que conversar com o presidente Lula não devia nem ser notícia, é um ato normal, corriqueiro, sou amigo do presidente Lula há muitos anos. Sempre fui eleitor dele, nas eleições que ele disputou, tive a honra de servir ao seu primeiro governo, tenho uma relação muito forte não só do ponto de vista político, mas também do ponto de vista pessoal”, lembrou Campos, acrescentando que, muitas vezes, acaba conversando com o ex-presidente por telefone. “Vou falar com o presidente Lula tantas as vezes que ache que está precisando trocar algumas ideias ou que eu achar que devo procurá-lo para ouvir sua opinião, que é uma opinião que a gente sempre levou muito em conta”.

Campos também voltou a criticar aqueles que buscam adiantar o debate eleitoral. "Não estamos conversando sobre 2014. Isso é um consenso formado dentro do partido, não é a hora ainda. Não por absolutamente nada, eu respeito quem entenda que é a hora, mas é importante também que a gente tivesse o direito de ser respeitado. A nossa leitura é que o Brasil não merece que se eleitoralize o debate político na hora que a economia tem complicação, que a política tem complicação".

Nenhum comentário:

Postar um comentário