Colecionadores chegam a perder as contas do dinheiro gasto com o hobby.
Manutenção da originalidade dos veículos é outro fator que pesa no bolso.
A paixão geralmente faz com que tomemos atitudes que contrariam a
lógica. E é seguindo essa máxima ao pé da letra que maceioenses
apaixonados por automóveis antigos chegam a perder as contas do quanto
gastam para restaurar e personalizar seus xodós. Alguns, por excesso de
zelo e uma pontinha de ciúmes, como eles mesmos assumem, sequer se
arriscam a passear regularmente com suas raridades pelas ruas.
O engenheiro civil Machado Júnior é um desses casos. Dono de dois Fuscas, um de 1980 e outro do ano de 1996, ele revela que há tempos deixou de contar o dinheiro empregado nos carros.
Para Machado, que é presidente do Clube do Fusca em Alagoas, a manutenção dos carros também é outro fator que pesa no bolso, principalmente quando a originalidade é levada em conta na hora dos ajustes.
Enquanto alguns fazem questão de desfilar com suas raridades, outros são mais conservadores e limitam o uso dos carros a ocasiões especiais. O funcionário público Pedro Melo, por exemplo, herdou o carro de família. Comprado por seu pai quando era a sensação do momento, o fusca 1964 ficou abandonado por anos antes de passar pela reforma.
Outro apaixonado por automóveis antigos, Helvécio de Melo, que trabalha
há décadas cuidando da reforma e da manutenção dos ‘velhinhos’, reforça
a dica aos colecionadores de primeira viagem: é bom estar com o bolso
prevenido.
“O conselho que eu dou é que esqueça o bolso, se pensar no dinheiro gasto, você não faz. Só em um parachoque e em algumas ferragens, você chega a gastar R$ 30 mil. Pouca gente que tem coragem de investir um dinheiro desse. Tem um carro que eu comprei por R$ 5 mil e gastei R$ 13 mil. Tomei um prejuízo de R$ 8 mil, mas estou feliz porque consegui restaurá-lo. Agora, se me oferecerem R$ 10 mil eu vendo, e garanto que ele vai dar muito alegria para quem comprar”, afirma.
“A minha definição é a seguinte: pelo lazer, vale tudo. O lazer não tem preço, tudo que lhe faz bem, que lhe massageia o coração não tem preço. É uma coisa que eu não sei explicar, só quem entendo mesmo são aqueles que gostam”, finaliza.
O engenheiro civil Machado Júnior é um desses casos. Dono de dois Fuscas, um de 1980 e outro do ano de 1996, ele revela que há tempos deixou de contar o dinheiro empregado nos carros.
Com 5 anos em reforma e mais de R$ 60 mil investidos, fusca de engenheiro ainda não está apto a andar (Foto: Divulgação)
“Quando chegou em R$ 60 mil, eu parei de fazer as contas, e olhe que um
deles [o de 1980] ainda não está andando. A minha preocupação maior é
tentar achar peças similares, o que acaba deixando o processo mais caro e
lento, já que aqui em Alagoas
você não acha quase nada e tem que ir buscar em outro estado. Nisso,
eu já estou há cinco anos tentando colocá-lo para andar”, conta.Para Machado, que é presidente do Clube do Fusca em Alagoas, a manutenção dos carros também é outro fator que pesa no bolso, principalmente quando a originalidade é levada em conta na hora dos ajustes.
Dono de outro fusca, Júnior conta que já deixou de contar gastos com os automóveis (Foto: Divulgação)
“Se você desmontar um carro antigo, ele não será mais o mesmo.
Portanto, para a gente que modifica mas quer manter a originalidade, sai
mais caro, principalmente se for um carro antigo. Além de também dar
muito mais trabalho manter um carro original conservado”, explica.Enquanto alguns fazem questão de desfilar com suas raridades, outros são mais conservadores e limitam o uso dos carros a ocasiões especiais. O funcionário público Pedro Melo, por exemplo, herdou o carro de família. Comprado por seu pai quando era a sensação do momento, o fusca 1964 ficou abandonado por anos antes de passar pela reforma.
O funcionário público investiu R$ 13 mil na restauração de um fusca 1964. (Foto: Nívio Dorta/G1)
Melo, entretanto, prefere não usar o carro no dia a dia e o mantém como
uma verdadeira relíquia. “Quem dirige está propenso a acidentes,
imprevistos, e por isso eu prefiro deixar guardado e só sair com ele em
ocasiões especiais. Alguns até consideram um gasto desnecessário, mas eu
não acho. A gente costuma falar que, para quem gosta, é um
investimento”, diz.“O conselho que eu dou é que esqueça o bolso, se pensar no dinheiro gasto, você não faz. Só em um parachoque e em algumas ferragens, você chega a gastar R$ 30 mil. Pouca gente que tem coragem de investir um dinheiro desse. Tem um carro que eu comprei por R$ 5 mil e gastei R$ 13 mil. Tomei um prejuízo de R$ 8 mil, mas estou feliz porque consegui restaurá-lo. Agora, se me oferecerem R$ 10 mil eu vendo, e garanto que ele vai dar muito alegria para quem comprar”, afirma.
Carros sob cuidados de Helvécio estão avaliados entre R$ 100 e R$ 600 mil. (Foto: Nívio Dorta/G1)
Há anos trabalhando a serviço de um colecionador alagoano, Helvécio
toma conta de dois galpões que abrigam modelos históricos, como Cadillac
e Rolls-Royce. Apesar do tempo e dinheiro empregado, ele revela que o
prazer ao reformar os veículos deixa o esforço em segundo plano.“A minha definição é a seguinte: pelo lazer, vale tudo. O lazer não tem preço, tudo que lhe faz bem, que lhe massageia o coração não tem preço. É uma coisa que eu não sei explicar, só quem entendo mesmo são aqueles que gostam”, finaliza.
Se tivesse um carro, mesmo em bom estado, faria uma reforma, começando no zero, mas não cortando lataria, mas necessariamente para cobrir buracos!
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