MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Wagner considera de "direita" proposta de reduzir ministério

Biaggio Talento l Agência A TARDE

  • Fernando Vivas | Ag. A TARDE
    Governador diverge da ideia do deputado Henrique Alves de cortar máquina pública
O governador Jaques Wagner classificou como "discurso da direita" a tese da redução do Estado, contida na proposta do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Henrique Alves (PMDB-RN),  de o Palácio do Planalto cortar  14  dos 39 ministérios.
"Não sei como ele fez essa conta. Esse é o discurso da direita: 'menos Estado'. E a rua está pedindo mais presença do Estado e não menos", declarou nesta quinta-feira, 18, na capital baiana, depois de participar de evento do Ministério da Cultura com a presença da ministra Marta Suplicy, que se recusou a dar entrevista sobre política.
Sem chamar diretamente Alves de "direitista", Wagner disse entender que  "a rua não está pedindo para diminuir o Estado". E observou: "A leitura dele (Alves) não é a minha. A rua pediu para diminuir corrupção e desperdício".
Para Wagner, o Congresso tem sua parcela de culpa, por exemplo, na crise da saúde, por ter extinguido a CPMF. "A rua está pedindo mais saúde, mais educação, mais transporte público, significa mais investimento estatal, e quem contesta nosso modelo diz que precisa ter menos Estado, inclusive os que tiraram R$ 50 bilhões por ano da saúde pública brasileira (com a queda da CPMF). Cinco anos são R$ 250 bilhões, é dinheiro pra caramba. É preciso que se estabeleça esse debate, não que eu queira carimbar que as ruas são nossas ou deles".
Lula
Wagner se reuniu recentemente com o ex-presidente  Lula e outros cardeais do PT para discutir a conjuntura após a onda de manifestações. Acha que a visão de Lula "está muito bem expressa no artigo feito para o New York Times, onde ele diz o que tenho dito: nós nascemos nas ruas, a gente surgiu das greves, da contestação, evidentemente que era outro momento. Fundamos um partido e portanto não temos que nos assustar com as ruas. Temos que dialogar, nos revisitar e entender que, por mais que a gente esteja fazendo, sabe que ainda falta", declarou, opinando estar o ex-presidente com  "visão antenada quando ele cita que a sociedade está na era digital e a política, na analógica".  Para o governador, é preciso acelerar o passo. "A gente conquistou a democracia, mas não conquistou a justiça social".
PCdoB
Presente ao evento, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) também criticou a proposta do colega Henrique Alves. "É uma apreciação, digamos, sem bases analíticas profundas. O Brasil de hoje não é o mesmo de 30 anos", disse.
"Temos, por exemplo, políticas culturais, de igualdade racial, enfim, não tem como fazer um enxugamento abruto sem uma análise do tamanho do Estado. O ponto nodal sempre foi o investimento público", disse.

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