Neste momento, não há nenhum fator que faria Francisco mudar seu roteiro no Brasil, mas, se houver alguma recomendação das autoridades, o Vaticano vai 'avaliar', segundo porta-voz; para Abin manifestações são ameaça na visita
Jamil Chade - O Estado de S. Paulo
Antonio Lacerda/EFE
Rio se prepara para receber o pontífice, que faz sua primeira viagem internacional
O discurso oficial do Vaticano é o de distanciamento dos eventos no Brasil. "Sabemos que há uma situação de manifestações nas últimas semanas no Brasil. Mas temos confiança que a cidade e as autoridades irão gerar a situação e vemos com total serenidade a situação", disse Lombardi. "Não é um confronto com o papa ou com a Igreja", insiste o porta-voz. "Tenho certeza de que será uma belíssima organização."
O Vaticano também explicou que a decisão de ir a Aparecida (SP) foi do papa e que ele é um devoto de Nossa Senhora. "Ele irá pedir proteção para seu pontificado que está começando", completou Lombardi.
A viagem de Francisco ao Brasil será a primeira de um papa ao exterior sem a presença do papamóvel blindado, desde 1981. Para Lombardi, é com um jipe aberto que o papa se sente "melhor, mais comunicado com as pessoas". Em 1981, o papa João Paulo II sofreu um atentado em Roma que mudou os hábitos do Vaticano.
Gastos. Lombardi ainda saiu em defesa dos gastos públicos com a Jornada Mundial da Juventude e da própria visita do papa. "Não se trata de dinheiro jogado no mar", declarou.
Segundo ele, essa questão já vem marcando a maioria das viagens de papas no passado. "A maior parte da população brasileira é católica e está contente com a visita do papa", declarou Lombardi.
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