MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Um mês após implantação, bicicletas azuis tomam ruas de Nova York


Sistema de aluguel tem 45 mil usuários anuais e 55 mil ocasionais.
Adesão é alta apesar de preço elevado e aumento de trânsito em ciclovias.

Da EFE

Moradores de Nova York testam novas bicicletas para aluguel em Nova York (Foto: Carlo Allegri/Reuters)Moradores de Nova York testam novas bicicletas
de aluguel (Foto: Carlo Allegri/Reuters)
Os famosos táxis amarelos possuem novos companheiros nas ruas de Nova York: as bicicletas azuis que, devido a um bem-sucedido sistema de aluguel, junto à chegada do verão no hemisfério norte, invadiram as ruas de Manhattan e resgataram o saudável hábito de se locomover sobre duas rodas.
Após as primeiras quatro semanas de funcionamento, os nova-iorquinos e turistas pedalaram mais de 1,5 milhão de quilômetros por toda a cidade com as "Citi Bikes", o maior sistema público de aluguel de bicicletas do país. O modelo é similar ao adotado no Brasil, mas, nos EUA, ele é ligado ao banco Citibank e não ao Itaú (com as bicicletas na cor laranja).
O programa já conta com mais de 45 mil usuários anuais e mais de 55 mil ocasionais, que optaram por adquirir passes diários ou semanais.
Em Manhattan, os novos ciclistas que aderiram à moda de se locomover de bicicleta estão por todos os lados, como os executivos, de terno e gravata, que seguem rumo aos seus trabalhos, além dos esportistas de moletom e dos turistas com a câmera pendurada no pescoço.
Embora a cidade sempre tenha contado com muitos adeptos das duas rodas, a facilidade para alugar uma bicicleta a transformou em uma verdadeira alternativa ao tradicional transporte público e, inclusive, aos táxis, que passaram a ser evitados por conta do característico trânsito da cidade e por seu alto custo.
Tudo isso apesar de o preço do aluguel ser muito superior ao estipulado em outras cidades do mundo, como Londres e Paris. A tarifa diária de US$ 10 faz com que as bicicletas concorram diretamente com os ônibus e metrô, que custam US$ 2,50 (um bilhete simples).
Com as pedaladas da "Citi Bike" os usuários podem queimar mais de 50 milhões de calorias somente em um mês, um índice que ajuda a reforçar a luta pessoal do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, contra a obesidade.
Multas
No entanto, o fluxo de 6 mil novas bicicletas na cidade também teve sua contrapartida: o trânsito nas ciclovias e o aumento das multas aos ciclistas. Segundo dados publicados pela imprensa local, as multas aos ciclistas no bairro do Brooklyn aumentaram 81% no último mês, enquanto as regiões de Manhattan, dotadas de estações de "Citi Bike", apresentaram um aumento de 7% em relação ao último ano.
As multas, que variam entre US$ 25 e US$ 190, são aplicadas com rigor para quem, por exemplo, avançar o sinal vermelho, dirigir em direção contrária pelas ciclovias e por circular sobre a calçada.
Embora os usuários tenham acolhido o programa com entusiasmo, eles também acham que há coisas que podem ser melhoradas. "O suporte técnico não é perfeito, mas também estamos somente no primeiro mês de funcionamento. Os cartões de crédito não funcionam bem e comprar um passe pode demorar muito tempo. Espero que esses itens sejam melhorados", comentou uma usuária.
Outra reivindicação que parece comum sugere a instalação de mais ciclovias e mais estações de "Citi Bike", já que, neste momento, o sistema só está operando em Manhattan abaixo da Rua 59 e, no Brooklyn, nas zonas de Brooklyn Heights, Dumbo, Fort Greene, Clinton Hill e em algumas partes de Bedford.
No entanto, algumas comunidades vizinhas de Greenwich Village e Lower East Side continuam tentando eliminar as estações de bicicletas de suas ruas porque elas tornam feias algumas áreas históricas da cidade, incomodam no acesso aos edifícios e acabam com pequenos negócios de aluguel de bicicletas para turistas.

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