Turistas aprovam estádios de torneio, mas não o preço da comida

Dados são resultado preliminar de estudo feito na Copa das Confederações.
Preço de alimento vendido nos jogos e trânsito foram principais queixas.

Do G1, em São Paulo

Torcedores em jogo da Copa da Confederações
(Foto: Paulo Whitaker/ Reuters)

Resultados preliminares de uma pesquisa com turistas brasileiros e estrangeiros que assistiram aos jogos da Copa das Confederações sugere que eles ficaram satisfeitos com a qualidade dos jogos e com os serviços das cidades-sede, como restaurantes e bares, mas reclamam do preço da comida nos estádios e do trânsito.
A pesquisa foi feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) a pedido do Ministério do Turismo.
Foram entrevistadas 14 mil pessoas, sendo 10 mil turistas brasileiros e estrangeiros nos arredores dos estádios, hotéis, estabelecimentos públicos, comércios e locais de retiradas de ingressos das seis cidades-sede e 4 mil turistas estrangeiros nos aeroportos de Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, Recife e no aeroporto internacional de São Paulo/Guarulhos. Segundo o governo, os dados completos consolidados serão divulgados nas próximas semanas.

De acordo com o levantamento, o grau de satisfação de turistas brasileiros e estrangeiros superou os 50% em mais da metade dos serviços avaliados.
Quando questionados sobre o que mais agradou na viagem, os itens com maior número de citações espontâneas foram as condições gerais da cidade-sede (10,1%), as belezas naturais da região (9,6%) e a qualidade e a beleza dos jogos (8,1%).
Já entre os itens que mais geraram descontentamento estão o trânsito (7,8%) e os preços das refeições e lanches (7,5%).
No caso específico dos estrangeiros, mais de 85% deles avaliam de forma positiva o conforto nos estádios, os restaurantes, a diversão noturna e os alojamentos das cidades-sede.
O quesito com menos avaliações positivas entre os visitantes provenientes de outros países foi o atendimento no seu idioma, aprovado por 56,6%.
Preços
Em relação aos preços cobrados pelos serviços nas cidades-sede, a maioria dos entrevistados deu uma avaliação positiva para o custo de restaurantes (79,5%), táxis (69,4%), meios de hospedagem (68,4%), ingressos (64,9%) e transporte público (62,5%).
Já o preço da alimentação nos estádios foi considerado ruim ou muito ruim pela maior parte dos participantes (78,1%).
Em média, os entrevistados não residentes nas cidades-sede permaneceram três noites no local – no caso dos estrangeiros, a média foi de 14 noites. Um número significativo (quase 40%), porém, não dormiu nenhuma noite na cidade dos jogos.
Dos estrangeiros entrevistados nos aeroportos, 70% vieram para o torneio acompanhados de amigos ou colegas de trabalho.
Em nota, o Ministro do Turismo afirmou que a pesquisa dá um diagnóstico dos serviços que precisam melhorar até a Copa do Mundo de 2014.