MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 14 de julho de 2013

Superlotação no Hugo fez com que macas ficassem retidas, diz médico


Coordenador reclama da centralização no atendimento de urgência em Goiás.
Oito ambulâncias ficaram paradas na unidade na manhã deste domingo.

Sílvio Túlio Do G1 GO

Antônio Guise Marques, diretor do Hugo, fala sobre as ambulâncias do Samu paradas por causa de macas (Foto: Sílvio Túlio / G1)Diretor do Hugo, Antônio Guise Marques,
fala sobre superlotação (Foto: Sílvio Túlio / G1)
Após oito ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficarem retidas no Hospital de Urgências de Goiânia(Hugo), o coordenador do departamento médico, Antônio Guise Marques, afirmou que os veículos não eram liberados devido à superlotação da unidade de saúde neste domingo (14). A grande demanda, segundo o representante do hospital, seria causada principalmente pela centralização no atendimento de urgência.
"A superlotação não é novidade. Estamos trabalhando com 30% a mais de nossa capacidade. O principal problema é que só temos o Hugo [para atendimento de urgência]. Os outros hospitais e cidades do interior não atendem como deveriam", disse em entrevista coletiva na tarde de domingo, sem citar quais seriam os centros médicos e municípios.
Durante a manhã, oito veículos de resgate ficaram parados no local porque as macas deles estavam sendo usadas pela equipe da unidade de saúde, impedindo-os de sair. Para evitar que a retenção das ambulâncias se repita, o coordenador resumiu-se a dizer que "os problemas pontuais estão sendo resolvidos na medida do possível".
O diretor técnico do Samu, Nicola Bertolini, afirmou que nenhum caso de urgência deixou de ser atendido por causa dos veículos que ficaram paralisados. No entanto, admitiu que a situação não é a ideal. "É claro que veículos parados prejudicam o atendimento. Mas trabalhamos com uma regulação para dar prioridade aos casos mais graves", pontuou.
Unidade de atendimento do Samu ficam presas na porta do Hugo por causa de macas, em Goiânia (Foto: Luzeni Santos / TV Anhanguera)Ambulâncias ficam retidas em hospital
(Foto: Luzeni Santos / TV Anhanguera)
Segundo Nicola, somente na capital, o Samu conta com uma equipe de 74 médicos e 17 ambulâncias - 13 de suporte básico e quatro de suporte avançado. Com essa estrutura, o diretor acredita que é perfeitamente possível atender toda a cidade, mesmo após os problemas que ocorreram hoje.
Aparecida de Goiânia
O médico Antônio Marques afirmou que o Hugo recebe pacientes de várias cidades do estado, o que colabora ainda mais com a superlotação. Entre eles, estão os que moram em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
"Cerca de 20% da nossa demanda vem de lá [Aparecida de Goiânia]. Essa situação piorou depois que o Huapa [Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia] foi fechado para atendimento de urgência e emergência", salientou. O serviço foi interrompido em agosto do ano passado.
Veículos parados
Por causa da superlotação no Hugo na manhã deste domingo (14), o hospital, o maior da rede pública na capital, precisou usar as macas das unidades de pronto atendimento do Samu. Com isso, elas ficaram impossibilitadas de rodar.
Durante a manhã, estavam retidas na porta do Hugo sete unidades de suporte básico - cinco de Goiânia, uma de Senador Canedo e outra de Catalão - e uma de suporte avançado, de Aparecida de Goiânia. No início da tarde, todas foram liberadas.
Segundo o socorrista Raphael Ferreira Pinheiro dos Anjos, a unidade de Catalão chegou ao local por volta de meia-noite e só saiu durante a manhã.

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