Coordenador reclama da centralização no atendimento de urgência em Goiás.
Oito ambulâncias ficaram paradas na unidade na manhã deste domingo.
Diretor do Hugo, Antônio Guise Marques,
fala sobre superlotação (Foto: Sílvio Túlio / G1)
Após oito ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficarem retidas no Hospital de Urgências de Goiânia(Hugo),
o coordenador do departamento médico, Antônio Guise Marques, afirmou
que os veículos não eram liberados devido à superlotação da unidade de
saúde neste domingo (14). A grande demanda, segundo o representante do
hospital, seria causada principalmente pela centralização no atendimento
de urgência.fala sobre superlotação (Foto: Sílvio Túlio / G1)
"A superlotação não é novidade. Estamos trabalhando com 30% a mais de nossa capacidade. O principal problema é que só temos o Hugo [para atendimento de urgência]. Os outros hospitais e cidades do interior não atendem como deveriam", disse em entrevista coletiva na tarde de domingo, sem citar quais seriam os centros médicos e municípios.
O diretor técnico do Samu, Nicola Bertolini, afirmou que nenhum caso de urgência deixou de ser atendido por causa dos veículos que ficaram paralisados. No entanto, admitiu que a situação não é a ideal. "É claro que veículos parados prejudicam o atendimento. Mas trabalhamos com uma regulação para dar prioridade aos casos mais graves", pontuou.
Ambulâncias ficam retidas em hospital
(Foto: Luzeni Santos / TV Anhanguera)
Segundo Nicola, somente na capital, o Samu conta com uma equipe de 74
médicos e 17 ambulâncias - 13 de suporte básico e quatro de suporte
avançado. Com essa estrutura, o diretor acredita que é perfeitamente
possível atender toda a cidade, mesmo após os problemas que ocorreram
hoje.(Foto: Luzeni Santos / TV Anhanguera)
Aparecida de Goiânia
O médico Antônio Marques afirmou que o Hugo recebe pacientes de várias cidades do estado, o que colabora ainda mais com a superlotação. Entre eles, estão os que moram em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
"Cerca de 20% da nossa demanda vem de lá [Aparecida de Goiânia]. Essa situação piorou depois que o Huapa [Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia] foi fechado para atendimento de urgência e emergência", salientou. O serviço foi interrompido em agosto do ano passado.
Veículos parados
Por causa da superlotação no Hugo na manhã deste domingo (14), o hospital, o maior da rede pública na capital, precisou usar as macas das unidades de pronto atendimento do Samu. Com isso, elas ficaram impossibilitadas de rodar.
Durante a manhã, estavam retidas na porta do Hugo sete unidades de suporte básico - cinco de Goiânia, uma de Senador Canedo e outra de Catalão - e uma de suporte avançado, de Aparecida de Goiânia. No início da tarde, todas foram liberadas.
Segundo o socorrista Raphael Ferreira Pinheiro dos Anjos, a unidade de Catalão chegou ao local por volta de meia-noite e só saiu durante a manhã.
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