MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Projetos de moradia popular não irão só para manifestantes, afirma Haddad


Movimento acampa em frente à Prefeitura de SP para pedir imóveis.
Prefeito prevê entregar 55 mil unidades habitacionais até o fim do mandato.

Letícia Macedo Do G1 São Paulo

Ativistas de movimentos que pedem a construção de   moradias populares acampam em frente à Prefeitura de São Paulo, no centro da capital, nesta segunda-feira (15).   Eles cobram uma promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) . (Foto: Rodrigo Dionisio/Frame/Estadão Conteúdo)Movimento de sem-teto acampam em frente à Prefeitua. (Foto: Rodrigo Dionisio/Frame/Estadão Conteúdo)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta segunda-feira (15) que integrantes de movimentos sociais não serão os únicos beneficiados pelos projetos para construção de 55 mil moradias populares até o fim de seu mandato, em 2016. "Eu não posso destiná-las só para as entidades que organizam o movimento de sem-teto na cidade", afirmou Haddad.
Desde a madrugada, um grupo de cerca de 300 manifestantes acampou em frente à sede do executivo municipal, no Centro. O grupo cobra a entrega das 55 mil moradias prometidas por Haddad durante a campanha eleitoral. Haddad disse que o total previsto é insuficiente para atender a demanda da capital paulista.
O prefeito disse que há obras em andamento e vai cumprir a proposta de campanha. “Nós já temos 17 mil [moradias] em execução. No final de julho, nós vamos doar mais terrenos para a Caixa Econômica Federal para novas 3 mil moradias. Então, vamos totalizar já 20 mil habitações em execução e vamos concluir o mandado com 55 mil entregues", disse Haddad.
"Ocorre que essas 55 mil moradias entregues não resolve o problema da demanda toda. A demanda é muito superior a essa", disse Haddad.

O prefeito destacou a necessidade de atender famílias que não participam do movimento social organizado. “Nós temos que ter a compreensão de que temos que ter regras transparentes de destinação dessas moradias. (...) Tem pessoas que estão em área de risco e precisam ser atendidas. Tem pessoas em áreas de operação urbana que a lei determina atendimento prioritário. Não há como eu atender apenas a demanda de quem protesta e se organiza”, afirmou.

Haddad afirmou que precisa ter a compreensão de que não poderá destinar todas as novas moradias apenas para o movimento social organizado. “Nós temos que ter a compreensão de que não vamos poder destinar 55 mil só para o movimento social organizado. É isso que nós temos que resolver. Não chega a ser uma divergência, eles compreendem o argumento. Temos que sentar com o movimento social e estabelecer uma regra de atendimento da demanda.”

O prefeito Fernando Haddad disse ser aberto ao diálogo com os movimentos que lutam por moradia. Na semana passada, segundo ele, houve uma reunião com dez lideranças. O grupo Moradia Dez, que organiza o acampamento em frente à Prefeitura, não estava representado. “Mas eu estou aberto a me reunir sempre que necessário para explicar que eu não vou poder destinar as 55 mil moradias apenas para o movimento organizado”, declarou.

O prefeito pretende divulgar para os movimentos sociais o quadro das desapropriações que estão previstas para atender o movimento de moradia. “Não tem semana em que eu não assine um decreto de utilidade pública e que eu não ingresse com uma ação judicial de desapropriação para ter os terrenos necessários para doar para o Minha Casa, Minha Vida. O que está faltando, eu acho, é uma melhor comunicação com o movimento social”, disse.

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