MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Produtores se queixam da falta de estrutura na cultura do arroz em AL


Investimento escasso possibilita apenas uma safra do cereal por ano.
Plantadores tentam encontrar meios alternativos para garantir produção.

Do G1 AL, com informações da TV Gazeta

Produtores de arroz em Igreja Nova, Região do Baixo São Francisco em Alagoas, estão enfrentando dificuldades na produção de arroz. Eles dizem que já passaram por dificuldades como pragas e também alta umidade, mas que um dos pontos que mais têm atrapalhado a produção atualmente é a falta de infraestrutura e planejamento.
Em 2012, apesar da seca, houve aumento na produção de 11% em relação a 2012, mas o momento é de incerteza e o futuro é visto por eles com certa desconfiança. Segundo os produtores, as bombas dos rios que irrigam a plantação são precárias, impossibilitando a produção de duas safras por ano, já que o arroz é uma cultura que necessita de um grande volume de água para se desenvolver.
O rizicultor Ione Feitosa investiu em uma bomba para puxar a água que vem direto do rio. Ele fez isso para irrigar o lote de quatro hectares e, dessa forma, conseguir uma segunda safra de arroz neste ano. “Quando a gente tira só uma safra por ano, a gente não consegue dar a manutenção da nossa família, o estudo, o remédio, enfim, aquilo que uma família necessita para a sobrevivência”, diz.
O lote de seu Feitosa está servindo como unidade piloto para um sistema de combate às pragas, denominado Clean Fild, que, em português, significa Campo Limpo. O sistema foi implantado pelos técnicos de uma empresa contratada para auxiliar os produtores sobre como cuidar dos campos.
Apesar do apoio de técnicos agricultores, os rizicultores dizem que isto não é o suficiente. Os outros lotes nem sequer começaram a tratar o solo. “O atraso se deve à falta de um calendário agrícola que se refere às previsões climáticas”, explica o produtor de arroz Carlos Lacerda.
Um outro problema pontuado pelos produtores é a quantidade de sementes distribuídas pelo poder público. O rizicultor Fernando Menezes diz que elas não estão sendo suficientes. “Para plantar em nossos terrenos, precisamos em média de 80kg a 120kg de sementes, mas eles só nos entregam 50kg. Temos que comprar arroz fora para conseguir plantar o restante da área”.
Os rizicultores também reclamam que uma usina da região que deveria ajudar na produção não está funcionando. A empresa foi vendida pelo governo a uma outra do Rio Grande do Norte. Para os produtores, ela seria uma grande garantia de um bom negócio.
O gerente de produção da usina de beneficiamento, Bruno Dâmaso, diz que o maquinário está sendo recuperado para que volte a funcionar ainda este ano. “Estamos trabalhando na reativação das máquinas. O nosso programa é para finalizar em 90 dias e depois fazer o planejamento de recepção da safra”, diz.
Segundo o técnico agropecuário da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba em Alagoas (Codevasf), estão sendo destinados R$ 50 milhões para ajudar na produção em Alagoas. “Com o dinheiro, vamos investir em estradas, drenagens, estação de bombeamento. No momento, algumas ações já estão em andamento”, garante.
Todos esses assuntos foram discutidos no I Seminário sobre a Cultura de Arroz do Baixo São Francisco destinado a produtores da cidade de Igreja Nova. “A ideia é que os produtores passem a investir mais em tecnologia”, diz o engenheiro agrônomo, Beno Claudino.

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