Determinação é a mesma adotada pela Procuradoria em relação ao presidente da Câmara
Ricardo Brito - Agência Estado
Brasília - O Ministério Público Federal em Brasília
decidiu abrir investigações preliminares contra o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro da Previdência Social, Garibaldi
Alves Filho (PMDB-RN), sobre o eventual uso irregular de aviões da
Força Aérea Brasileira (FAB). A determinação é a mesma adotada pela
Procuradoria na sexta-feira passada, 5, em relação ao presidente da
Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que usou avião
oficial para ir com parentes e amigos assistir à final da Copa das
Confederações, no Maracanã.Figueiredo enviou ofício com pedido de informações ao ministro da Defesa, Celso Amorim, e a Renan Calheiros, por intermédio do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. É o chefe do Ministério Público que tem competência legal para encaminhar esse tipo de pedido. Um dia após dizer que não restituiria qualquer gasto, o presidente do Senado anunciou na sexta-feira passada devolver R$ 32 mil aos cofres públicos decorrentes do uso da aeronave.
O caso envolvendo Garibaldi Alves Filho ficará a cargo do procurador Hélio Ferreira Heringer Junior, do 6º Ofício do Patrimônio Público. O integrante do MP abrirá formalmente nos próximos dias a investigação preliminar sobre o uso do avião oficial pelo ministro para também ver a final da Copa das Confederações.
Garibaldi saiu de Brasília com destino a Fortaleza, onde tinha agenda oficial, e na volta foi para o Rio, onde não tinha compromissos. Em nota na semana passada, o ministro informou que iria devolver os recursos - mas ainda não havia decidido o valor da devolução.
No caso do presidente da Câmara, cuja investigação preliminar já está aberta, o procurador da República Frederico de Carvalho Paiva, do 1º Ofício do Patrimônio Público, também encaminhou pedidos de informação para o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e ao deputado, por meio de Gurgel.
Henrique Eduardo Alves também informou que iria devolver aos cofres públicos R$ 9,7 mil por ter levado a família em avião da FAB para ver a final da Copa das Confederações. O custo do voo de Henrique teve uma base diferente da de Renan e foi calculado pela assessoria do deputado tendo como base o preço médio de passagens de ida e volta entre Natal e o Rio de Janeiro.
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