Mesmo com as chuvas, nível da represa Luiz Gonzaga está baixo.
Prefeitura não descarta possibilidade de suspender a distribuição.
Em condições normais, o reservatório, que faz parte da bacia do Rio São Francisco, pode acumular quase 11 bilhões de metros cúbicos de água, mas após o segundo ano irregular de chuva na região, a lâmina de água da represa sofreu uma forte baixa.
A água que vem da usina de Sobradinho poderia recompor o nível da represa Luiz Gonzaga, mas a Chesf, Companhia Hidrelétrica do São Francisco, vem diminuindo a vazão. Caiu de 1,5 mil metros cúbicos por segundo para 1,1 mil. O controle de saída da água é feito para não comprometer outros reservatórios.
A represa Luiz Gonzaga, também conhecida como Barragem de Itaparica, já perdeu mais de 60% do volume útil, quadro bem próximo do mínimo estabelecido para geração de energia e abastecimento.
Depois de 15 anos o nível da Barragem de Itaparica voltou a estar em situação crítica. Com as chuvas de maio houve uma recuperação, mas muito pouco perto do esperado. E as projeções até o fim do ano não são nada animadoras.
Pelo menos 2 mil agricultores dependem da barragem para irrigação de 5 mil hectares. A produção de coco, por exemplo, é forte na região e seria drasticamente afetada porque as bombas e tubos não serviriam mais para captação de água com o recuo do reservatório.
Mais de 200 famílias dependem da piscicultura, atividade que fica ameaçada pela perda de volume na barragem.
O superintendente da Chesf, João Henrique Franklin, informa que o nível da represa só deve voltar a subir em novembro, quando começa o período de chuvas, mas garante que até lá, o nível de segurança da barragem será mantido. João assegura que o planejamento é feito para que não comprometa o abastecimento de água e nem de energia.
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