MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 8 de julho de 2013

MP investiga se há falhas estruturais em casas da Reconstrução em AL


Conjuntos em Rio Largo e União dos Palmares foram alagados pós chuva.
Apuração já aponta possível falha no sistema de drenagem.

Natália Souza Do G1 AL

Promotores investigam causas de inundações em conjuntos.  (Foto: Natália Souza/G1)Promotores investigam causas de inundações em
conjuntos. (Foto: Natália Souza/G1)
O Ministério Público do Estado (MPE) começou uma apuração sobre as causas e os possíveis responsáveis pelos alagamentos em conjunto habitacionais do Programa da Reconstrução nos municípios de Rio Largo e União dos Palmares, após o período de chuva na última semana. O promotor-geral de Justiça, Sérgio Jucá, se reuniu na manhã desta segunda-feira (8) com os promotores das duas cidades para se inteirar sobre a situação dos imóveis.
De acordo com Jucá, o MP entende que houve uma grande vazão de água devido à forte chuva, mas é preciso saber se houve falhas de infraestrutura durante as obras dos conjuntos do Programa Minha Casa Minha Vida, destinados às vítimas das enchentes em 2010 no Estado. "As apurações estão sendo feitas e a partir do que for constatado iremos tomar as medidas necessárias e se for o caso apontar uma responsável pelos alagamentos nos conjuntos", disse.
O promotor responsável pelo município de Rio Largo, Jorge Bezerra, afirmou que ainda é cedo para apontar algum culpado, mas o muncípio e a empresa responsável estão sendo investigados. "Desde quinta-feira começamos a verificar os dados e houve reuniões na sede da Caixa Econômica Federal com a Defesa Civil, a empresa responsável e a Secretaria de Assistência Municipal de Rio Largo", disse.
Chuva causou alagamento no município de União dos Palmares (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Chuva causou alagamento no município de União
dos Palmares (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
"Por ora, está sendo feito um trabalho de apoio a essas famílias por parte do município e hoje está havendo uma vistoria in loco no loteamento Bosque dos Palmares, em Rio Largo. Discute-se a responsabilidade do município em relação à coleta regular de lixo e à responsabilidade da própria empresa, pois, segundo informações iniciais, teria havido alguma falha no próprio sistema de drenagem", destacou.
Segundo Bezerra, além dos problemas no Bosque dos Palmares, há queixas de moradores dos conjuntos Edson Novaes e Tavares Granja. "Temos reclamações em outros loteamentos que não alagaram. No loteamento Tavares Granja e Edson Novaes há queixas de problemas na rede de drenagem, no sistema de coleta de lixo e no abastecimento de água, pois ainda não há poço artesiano", afirmou.
Em relação aos atrasos na entrega dos imóveis e às deficiências nos conjuntos habitacionais, o promotor revelou que as empresas apresentaram justificativas coerentes. "Elas apontam uma parcela de culpa das próprias invasões e depredações por parte dos desabrigados nos conjuntos habitacionais. Isso onera o valor total da obra e atrasa a entrega dos imóveis, já que algumas coisas precisam ser refeitas. Alguns conjuntos foram depredados", afirmou.
União dos Palmares
Em União dos Palmares, o promotor Antônio Vilas Boas, que substitui a promotora Carmem Silvia Nogueira, afirmou que ainda está tomando ciência sobre a situação no local e que em breve terá algum posicionamento.
À imprensa, Jucá afirmou que é compreensível que haja algumas invasões aos conjuntos por parte dos desabrigados. "Esses protestos e invasões fazem parte da democracia, mas no meio desses protestos sempre há pessoas de má intenção camufladas. Quem tem o verdadeiro sonho da casa própria não destrói o pratrimônio", disse. "É fundamental que essas casas sejam entregues logo, pois com essa demora acaba deixando vulnerável às invasões".

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