A liminar que suspende os pagamentos da
Telexfree será analisada no dia 8 por desembargadores do Acre , definiu nesta
quinta-feira (4) o Tribunal de Justiça local. Mas, se a decisão for derrubada,
promotorias do consumidor de outros Estados entrarão com ações para reativar o
bloqueio o mais rápido possível, diz o presidente da Associação do Ministério
Público do Consumidor (MPCon), Murilo Moraes e Miranda. "Caso haja qualquer
retrocesso na decisão do Acre, os MPs de todos os Estados ingressarão [com
ações] para garantir que não haja mais pessoas ludibriadas pela Telexfree e para
que se garanta um mínimo de devolução [do dinheiro investido pelos
consumidoers]", diz Miranda, promotor de Goiás. A Telexfree informa ser uma
fornecedora de telefonia via internet (VoIP, na sigla em inglês). Os pacotes,
segundo a empresa, são comercializado por meio do sistema de marketing
multinível (MNN) – modelo de vendas diretas em que os distribuidores ganham
bônus pelos negócios fechados por outros distribuidores que atraiam para a rede.
A MPCon considera que a empresa, na verdade, erigiu uma das principais pirâmides
financeiras em atividade no Brasil. O advogado da Telexfree, Horst Fuchs, nega
que haja irregularidade. O sócio proprietário e administrador da Telexfree no
Espírito Santo, Carlos Roberto Costa, foi intimado a prestar depoimento na
próxima terça-feira (9) na Delegacia de Defraudações de Vitória (Defa), em
Vitória, para dar explicações sobre como funcionam os negócios da empresa,
incluindo se há ligação com a Telexfree INC, dos Estados Unidos. De acordo com a
delegada responsável pelo caso, Gracimeri Gaviorno, após esse depoimento os
outros dois sócios também serão ouvidos, mas há informações de que eles estão
fora do país. Ainda não há previsão de quando o inquérito será concluído. O
advogado Horst Fuchs garantiu que Costa está preparado para esclarecer que o
funcionamento da empresa corre na legalidade.
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