MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 23 de julho de 2013

Médicos paralisam atendimentos em postos de saúde de Fortaleza


Médicos aderem à paralisação nacional.
Sindicato afirma que somente atendimento emergencial será realizado.

Do G1 CE

Os postos de saúde municipais Roberto da Silva Bruno e Flávio Marcílio, localizados respectivamente nos bairros de Fátima e Mucuripe, em Fortaleza, funcionam nesta terça-feira (23) sem atendimento médico. Alguns hospitais da capital, como o Albert Sabin, também tiveram consultas canceladas. Os médicos das unidades aderiram ao movimento nacional de paralisação, em protesto contra os vetos à Lei do Ato Médico e o Programa Mais Médicos. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes, a orientação à categoria é suspender procedimentos e consultas eletivas e atender casos de urgência.
Na unidade do Bairro de Fátima, somente os serviços de enfermagem e odontologia estão acontecendo. No posto do Bairro Mucuripe também não há médicos e os serviços disponíveis  são relativos, por exemplo, à vacinação ou atendimento odontológico.
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Info médicos (Foto:  )
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), alguns profissionais decidiram aderir a paralisação. Por este motivo, as consultas agendadas serão remanejadas. Mas os demais serviços oferecidos nos postos de saúde vão continuar funcionando normalmente.
Em alguns hospitais de Fortaleza, também não houve atendimento na manhã desta terça-feira (23). No Hospital Infantil Albert Sabin, consultas que estavam agendadas há meses foram canceladas. O aviso sobre o cancelamento foi colado na porta da unidade, mas chegou a muitos pacientes, principalmente, os do interior do estado.
A agricultora Maria Pereira veio do Crato, na região do Cariri, para uma consulta que estava marcada para o filho há dois meses e fez uma viagem perdida. “Não sabia (do cancelamento). É uma viagem muito longa pra ele”.
Antônia Teles e o filho Cauê, de dois anos, vieram de Camocim. O menino faz acompanhamento com endocrinologistas e a consulta desta terça estava marcada há três meses. “Seis horas de viagem e nada resolvido aqui”, afirma a dona de casa.
Segundo a direção do Hospital Albert Sabin, as consultas que não foram realizadas nesta terça-feira (23) serão remarcadas. A unidade também informou que vai discutir com a categoria médica sobre as providências para evitar novos transtornos aos pacientes.
Café da manhã
Médicos do Ceará se reuniram na manhã desta terça para um café da manhã em que discutiram os próximos passos dos protestos e os avanços alcançados até o momento. A categoria planeja ainda a realização de uma panfletagem por volta de 16h em terminais de ônibus de Fortaleza. Manifestações semelhantes acontecem em outros estados brasileiros.
Segundo José Maria Pontes, a suspensão deve atingir todos os atendimentos eletivos realizados em hospitais, postos de saúde e consultórios. Somente o atendimento emergencial e de internação vão ser realizados normalmente.
Segundo a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), deverão aderir à paralisação profissionais do setor público e privado, incluindo planos de saúde, de Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Cada associação estadual tem autonomia para decidir a extensão da paralisação, programada, por enquanto, somente para um dia. As entidades estaduais dos médicos pretendem parar novamente nos dias 30 e 31 de julho.

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