MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 23 de julho de 2013

Médicos fazem protesto em BH contra más condições de trabalho


Presidente da AMMG disse que ‘Mais Médicos’ possui ‘irregularidades’.
SUS e saúde suplementar estão paralisados nesta terça em Minas Gerais.

Pedro Ângelo Do G1 MG

Cerca de 200 médicos se reuniram, no início da tarde desta terça-feira (23), em frente à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Região Leste de Belo Horizonte, em protesto contra as más condições de trabalho. Além do ato, as atividades do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde suplementar estão paralisadas nesta terça em Minas Gerais, e até atendimento de urgência e emergência foi atingido em alguns lugares.
Médicos se reuniram em frente à Faculdade de Medicina da UFMG, em BH. (Foto: Pedro Ângelo/G1)Médicos se reuniram em frente à Faculdade de Medicina da UFMG, em BH. (Foto: Pedro Ângelo/G1)
As manifestações ocorreram também em outras partes do país. Médicos de ao menos nove estados fizeram greve nesta terça para protestar contra recentes decisões do governo federal envolvendo a categoria.
Entres as principais críticas do protesto na capital mineira, está o programa “Mais Médicos”, que pretende trazer profissionais de outros países para atuar no Brasil. De acordo com João Batista Gomes, presidente da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), há “irregularidades” no programa.

“O programa ‘Mais Médicos’ é cheio de irregularidades. Em Minas Gerias, são 78 cidades que estão incluídas neste programa. (...) Várias delas têm médicos, mas não tem condição do médico trabalhar lá. Então, não é o médico sozinho que resolve o problema da saúde. O problema é muito mais profundo”, afirmou o presidente.
Outra crítica apresentada por Gomes foram os vetos da presidente Dilma Rousseff ao Ato Médico, legislação que regulamenta as atividades na medicina. Segundo ele, a população vai ser prejudicada dessa forma. “O veto principal é a questão de limitar o que é ato privativo de médico. O nosso currículo nos habilita a algumas coisas que os outros currículos das outras profissões não os habilitam. (...) O médico tem um currículo para diagnosticar, para receitar e resolver o problema, e se responsabilizar legalmente por ele”.

O presidente da AMMG falou ainda sobre a elevação da carga horária dos cursos de medicina da rede pública e privada do país de seis para oito anos de duração. Para ele, a mudança pode ser benéfica. Entretanto, João Batista Gomes disse que as propostas apresentadas pelo governo devem ser discutidas com a universidade. “Quem tem que discutir currículo de médico é a universidade. Não é o governo com medida provisória”, afirmou.

As entidades estaduais dos médicos pretendem parar novamente nos dias 30 e 31 de julho. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre as reivindicações da categoria. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte disse que uma decisão da Justiça mantém 70% do atendimento de urgência na capital. O descumprimento por parte dos médicos pode gerar corte no ponto de trabalho e multa ao sindicato. Segundo o Sindicato dos Médicos de Minas, a paralisação não afeta os hospitais de urgência e emergência de Belo Horizonte.

Materiais em falta
O G1 teve acesso a uma lista de materiais que estão em falta no bloco cirúrgico do Hospital das Clinicas da UFMG. De acordo com o levantamento feito por médicos da unidade de saúde, entre os utensílios, faltam luvas, seringas, jalecos, ataduras, cateter nasal, dreno e lamina bisturi.
Por meio de nota, o Hospital das Clínicas informou que houve a falta momentânea de alguns materiais de uso hospitalar. De acordo com a unidade de saúde, as providências foram tomadas e os estoques estão sendo regularizados.
Ainda segundo o hospital, não houve suspensão de cirurgias agendadas e nenhum prejuízo para os pacientes internados por falta de utensílios.

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