MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 23 de julho de 2013

Médicos e estudantes de medicina fazem protesto em Campo Grande


Protesto reuniu cerca de 200 pessoas, segundo Ciptran.
Sindicato recomendou paralisação dos serviços ambulatoriais no estado.

Do G1 MS

Protesto dos médicos em MS (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Cerca de 200 pessoas participaram do protesto na manhã desta terça-feira (23), na região central de Campo Grande (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Médicos e estudantes de medicina fizeram um protesto na manhã desta terça-feira (23), na região central de Campo Grande. Segundo a Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), cerca de 200 pessoas participaram da manifestação.
O grupo partiu da Praça Ary Coelho, por volta das 10h, percorreu a rua 14 de Julho, a rua Barão do Rio Branco, a rua 25 de Dezembro e a avenida Afonso Pena, onde paralisaram a passeata em frente à Prefeitura de Campo Grande e cantaram o hino nacional.
 Durante o protesto, os manifestantes ainda "velaram" o "caixão da saúde", que tinha imagens da presidente Dilma Roussef (PT) e do ministro da saúde Alexandre Padilha. Em seguida, continuaram pela avenida até chegar no ponto de partida da passeata, aa Praça Ary Coelho.

Com um cartaz em mãos, o médico Wesley Medeiros disse que a classe médica quer ser ouvida pelo Governo Federal e que o descaso com a saúde pública prejudica principalmente os cidadãos. "O programa Mais Médicos é um fiasco. Estamos aqui preocupados não só conosco, mas muito mais preocupados com a população. Também reivindicamos um plano de carreira e melhores condições de trabalho”, afirmou.
Vanessa Maldonado, médica da rede municipal de saúde, também esteve na passeata para protestar. Ela disse ao G1 que é contra a contratação imediata de médicos estrangeiros sem a exigência da prova de revalidação. “Isso é uma falta de respeito, essa medida absurda. Em qualquer país que você for trabalhar hoje, você faz uma prova, pra mostrar que você estudou”, afirmou.

A médica afirmou que a classe também é contra o adicional de dois anos na duração do curso de medicina e questionou o direito do médico em escolher trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) ou em outro hospital. Segundo Vanessa, essa exigência no programa Mais Médicos do Governo Federal é "irresponsável".

“Estamos brigando contra isso, porque nos dois últimos anos o aluno vai ter que trabalhar obrigado no SUS. Vai pro SUS quem quer. Eu trabalho no SUS. Opção minha”, explicou. “E as pessoas que passaram direto na residência? Elas serão obrigadas a trabalhar dois anos no SUS?", questionou a médica.
Médicos e estudantes de medicina fazem protesto em Campo Grande (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Médicos e estudantes protestaram com cartazes, balões e caixão (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
De acordo com o Luís Henrique Mascarenhas, presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), o governo quer tentar corrigir um problema, que é a falta de médico no SUS, de forma "arbitrária", obrigando os recém-formados a trabalharem dentro desse sistema. “Nos dois últimos anos chamados de internato, já é contemplado isso porque os estudantes passam atendend, praticamente, 100% no SUS. Eles participam de atendimento em UBS, UPA, no Samu, em Prontos-Socorros, então isso já é contemplado", explicou ele.

Paralisação
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), foi feita uma recomendação de paralisação aos médicos do estado, apenas para os serviços ambulatoriais, com base no calendário da Federação Nacional dos Médicos.

Ainda segundo a assessoria, não há informações sobre quantos profissionais aderiram à recomendação. Em Campo Grande, segundo o sindicato, existem 2,2 mil médicos atuando nas redes pública e particular de saúde.

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