MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 23 de julho de 2013

Médicos do AM paralisam atividades e fazem ato no centro de Manaus


Mobilização na capital ocorreu no Largo São Sebastião.
Atividade faz parte de agenda nacional da categoria.

Girlene Medeiros Do G1 AM

Mobilização na capital ocorreu no Largo São Sebastião, em Manaus (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Mobilização na capital ocorreu no Largo São Sebastião, em Manaus (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Médicos do Amazonas paralisaram as atividades nesta terça-feira (23) em protesto por melhorias nas condições de trabalho e no ensino médico de qualidade, além da implantação do piso nacional. Os manifestantes também se mobilizaram contrários à contratação de médicos estrangeiros no país. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Vianna, a atividade faz parte de uma agenda nacional da categoria. Em Manaus, a classe mobilizou profissionais no centro de Manaus.
A mobilização no Largo São Sebastião, nas proximidades do Teatro Amazonas, reuniu diversos especialistas. A greve afeta os atendimentos ambulatoriais em todo o estado. Segundo estimativas do sindicato, cerca de 3.800 médicos paralisaram as atividades nesta terça-feira. Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informou que, apesar da paralisação, as atividades nos hospitais da rede acontecem normalmente. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) comunicou que os atendimentos na rede muncipal como Samu e maternidade também ocorrem dentro da normalidade.
"Estamos fazendo isso porque queremos mais investimentos na saúde pública que são os 10% da arrecadação federal. Vamos fazer mais ações em outros dias para mobilizar a categoria para conseguir melhorias de atendimento para a população", disse o presidente do sindicato.

A realização de concurso público, o enquadramento por tempo de serviço e a criação da carreira de estado também estão na pauta da manifestação. "Queremos o piso salarial de R$ 10.412 mensal por 20h trabalhadas. Hoje, o piso é R$ 1,3 mil mensais, por 20h, e junto com gratificações esse valor chega a R$ 5 mil", disse.
Cerca de cem médicos compareceram ao Largo na manhã desta terça (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Cerca de cem médicos compareceram ao Largo na manhã desta terça (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
O projeto que prevê facilitação na contratação de médicos estrangeiros também é alvo dos protestos na capital do Amazonas. Segundo Vianna, a proposta do Governo Federal é uma medida impositiva. "Nós acredimentos que esse programa Mais Médicos deveria ter passado por uma discussão na categoria. O ministro Padilha prometeu não trazer mais gente sem qualificação e não é o que vai ocorrer. Essa é uma medida extremamente impositiva".

O anestesiologista Renato de Oliveira criticou falta de condução de trabalho da categoria. "O governo faz a comparação do número de médicos no Brasil com o de outros países, mas não faz a comparação do investimento que é feito no Brasil e em outros países. É complicado. No nosso caso, as compras para fazer anestesia é feita por pregão e nesse processo a gente não sabe da qualidade do material. Somos obrigados a trabalhar com produtos similares aos originais e isso compromete o nosso trabalho e, automaticamente, as anestesias que são feitas", contou.

Passeata
Do Largo São Sebastião, o grupo de médicos seguiu pelas ruas do centro da cidade com destino à sede da Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, na Avenida Joaquim Nabuco, também no centro, onde o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se reuniu com prefeitos e secretários de todo o estado para tratar sobre o programa Mais Médicos.
Médicos foram até a sede do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Médicos foram até a sede do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Denúncias
Durante esta terça-feira (23), a Ouvidoria do sindicato receberá denúncias de médicos e da população a respeito de condições de trabalho nas unidades de saúde, falta de medicamento e demora na realização de exames. As denúncias podem ser feitas por meio de fotos, vídeos ou textos, no e-mail ouvidoria@simeam.org.br e nos telefones (092) 3651-7798 / 3308-9313.

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