MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Médicos de PE paralisam atividades contra programa 'Mais Médicos'


De acordo com Simepe, médicos da rede pública e privada devem parar.
Paralisação de 24 horas acontece na terça-feira (23).

Do G1 PE

Os médicos de Pernambuco devem paralisar as atividades por 24 horas nessa terça-feira (23) contra o programa 'Mais Médicos', do governo federal, de acordo com o presidente do sindicato da categoria (Simepe), Mario Jorge Lôbo. De acordo com o Simepe, serão mantidos apenas os serviços de emergência, urgência, quimioterapia, radioterapia, hemoterapia, hemodiálise e afins.
Lôbo explica que os pacientes devem procurar o serviço social das unidades para reagendar as consultas. "É só um dia de paralisação nesta semana, estamos avisando com antecedência. O objetivo não é deixar a população na mão, é alertar essa situação que vem sendo imposta do governo federal", aponta o presidente do Simepe.

A categoria deve fazer um ato público a partir das 9h30 da terça em frente ao Hospital da Restauração, no Derby, no Recife. "Nós somos contrários a essa medida provisória [Mais Médicos]. É uma imposição se trazer profissionais impondo a eles postos de trabalho no interior. Ao invés de ser concurso público, é uma bolsa de estudos. É tentar burlar as leis do serviço público, colocando uma caracterísitca de ensino no interior, mas está se levando médico para atender a população, não para estudo, sem fixar, sem estrutura, sem futuro. O que acontece é que não está se modificando a realidade do interior, apenas se perpetua essa situação precária de postos de trabalho no interior", acredita Lôbo.
O presidente do Simepe afirma ainda não ser contra a vinda de médicos de fora, apenas não concorda com o modelo de imposição de levar esses médicos para determinado local. "Se ele não for para aquele local que o governo determinar, é uma alternativa de restringir esse médico que vem de fora, ou seja, o médico vem e encontra um lugar sem condições de atender, é uma situação de exploração", reclama.

Contra
A medida provisória, assinada pela presidente Dilma Rousseff, trouxe polêmica para a categoria porque defende ser necessário aumentar o número de profissionais para atender a população das periferias das grandes cidades e de municípios do interior. O programa vai permitir a vinda de médicos brasileiros e formados também no exterior, desde que venham de países com mais de 1,8 médicos por habitante. Já estão inscritos 13 mil médicos.
"Somos completamente contra essa medida improvisada. É uma medida que não visa à correção do que está sendo posto, que é a necessidade da melhoria, atenção à saúde. É uma medida paliativa que quer exclusivamente agradar prefeitos, em uma manobra eleitoreira", afirmou Mário Jorge.
  Defesa
Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda-feira (22), no entanto, o secretário de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, Mozart Sales, defendeu o programa. "Não se trata de um 'tapa-buraco', pelo contrário. Levar médicos em uma função especial é da mais alta importância", disse Mozart.
O secretário explicou que o programa, além de trazer mais médicos, vai investir na melhoria e recuperação de unidades de saúde dos locais mais necessitados para dar condições de trabalho aos selecionados entre os 13 mil já inscritos. "Estamos investindo em Pernambuco cerca de R$ 346 milhões em 159 municípios. Os recusos já estão sendo enviados para as cidades para requalificar e recuperar unidades básicas, porque entendemos que precisamos melhorar a infra-estrutura para receber os médicos", afirmou o secretário em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda-feira (22).
Os médicos aceitos no programa vão receber uma bolsa de 10 mil reais, isentos de impostos, além de uma ajuda de custo de até 30 mil reais para instalação e manutenção nos locais com menos recursos como a Amazônia, as fronteira do país, interior do Nordeste e periferia das grandes cidades.

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