MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Manifestações devem interromper trânsito em vias de SP nesta quinta


Trânsito deve ser interrompido na Avenida Paulista, marginais e rodovias.
Justiça concedeu liminar que exige funcionamento do Metrô na capital.

Do G1 São Paulo

Movimentos sindicais e populares planejam uma série de protestos nesta quinta-feira (11) em diversos pontos de São Paulo. Ao menos oito sindicatos de trabalhadores e cinco grupos não ligados a partidos programam greves e passeatas na capital paulista e em municípios da região metropolitana. Os manifestantes podem interromper o trânsito na Avenida Paulista, nas marginais Tietê e Pinheiros e nas mais movimentadas rodovias e estradas estaduais.
Os metroviários também podem decidir, em assembleia que será realizada nesta quarta-feira, parar por algumas horas em apoio aos protestos desta quinta-feira. O governo de São Paulo, porém, conseguiu uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que exige o funcionamento de 100% da frota do Metrô nos horários de maior movimento.
Procurados pelo G1, sindicatos dos ferroviários afirmam que não há previsão de paralisação nas linhas 7, 8, 9, 10, 11 e 12 da CPTM. A companhia informou, em nota, que pretende “trabalhar para manter a circulação de trens”.
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Bloqueios previstos para esta quinta em SP
Horário estimado
Vias com possíveis interdições
A partir das 6h
Anhanguera (km 2,5), Bandeirantes, Anchieta, Castello Branco, Raposo Tavares (entre km 14 e 18), Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga.
A partir das 6h
Marginal Pinheiros (Ponte do Socorro), Avenida Jacu-Pêssego, Radial Leste e Marginal Tietê (Ponte do Piqueri).
A partir das 10h
Avenida do Estado, Rua 25 de Março e outras vias da região central, Avenida Paulista e Ponte Octavio Frias de Oliveira (estaiada).
A partir das 12h
Avenida Paulista, com concentração de protestos na altura do Masp
A partir das 16h
Régis Bittencourt e Rodoanel
 A Polícia Militar, que se reuniu com os organizadores dos atos para saber o trajeto estabelecido por eles, informou que haverá aumento do efetivo da corporação nas ruas para reforçar a segurança durante os atos desde o início da madrugada. São 35 pontos onde haverá uma liderança sindical e um oficial da Polícia Militar para acompanhar o protesto.
A manifestação foi convocada há algumas semanas pelas centrais sindicais, principalmente pela internet, para pedir, entre outras coisas, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário. Os atos são planejados na esteira da onda de manifestações realizadas em junho no país.
Apoio às paralisações
A Central Sindical e Popular (CSP – Conlutas) informou que sindicatos dos metroviários, bancários, metalúrgicos, funcionários públicos federais, judiciários federais, Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Correios e construção civil “decidiram a favor da paralisação”.
A postura também é compartilhada por integrantes do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, que afirmou que irá enviar representantes para integrar os protestos, mas que não deverá interromper a sua operação para não afetar os passageiros do transporte público nesta quinta.
A CSP-Conlutas também informou que deverão estar no movimento representantes da Assembleia Nacional de Estudantes (Anel), do Movimento Passe Livre (MPL), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Movimento Sem-Terra (MST) e da Luta Popular.  “Esses setores devem ajudar as paralisações nas fábricas e bancos e engrossar as passeatas e bloqueios de vias e rodovias”, informa nota divulgada.
Já no início da manhã, trabalhadores programam fechar o trânsito da Marginal Tietê e Avenida do Estado na capital. No mesmo período, querem bloquear as rodovias Anchieta, Castello Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga.
Vias entre a região do Brooklyn Novo e a Avenida Paulista também deverão ter o tráfego dificuldade pelo protesto de motoboys e motociclistas, a partir das 10h. Entre as principais reivindicações do setor estão a redução do valor do DPVAT, mais bolsões de estacionamento e motofaixas e o fim da lei da 404/2012, aprovado neste mês pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que obriga condutores e passageiros de motocicletas no Brasil usarem colete ou jaqueta com airbag.
Paralisações nos transportes
O Dia Nacional de Lutas, como é chamado pelos sindicalistas, deve afetar também os sistemas de transporte público e o trânsito na cidade de São Paulo, nesta quinta. Uma carta aberta à população foi distribuída aos usuários do Metrô na quarta-feira (10), informando sobre a possibilidade de paralisação. Uma assembleia deve decidir até a noite desta quarta se haverá ou não greve no sistema.
O governo de São Paulo entrou com uma ação e a Justiça expediu nesta quarta-feira uma liminar que obriga o funcionamento do sistema metroviário com 100% do efetivo nos horários de maior movimento (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 70% nos demais horários.
De acordo com o Metrô, a empresa deverá adotar medidas para minimizar os transtornos que poderão ser causados aos mais de 4 milhões de passageiros que usam o transporte diariamente. Não foram divulgados detalhes sobre o funcionamento do Metrô caso haja paralisações.
Os terminais rodoviários de São Paulo devem funcionar normalmente, segundo a Socicam, assim como os terminais urbanos, de acordo com a SPTrans.
Paralisação afeta ao menos 15 terminais de ônibus nesta quarta-feira (10) (Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/Estadão Conteúdo)Paralisação afetou terminais de ônibus na quarta
(Foto:Nelson Antoine/Fotoarena/Estadão Conteúdo)
O ato desta quinta-feira será apoiado pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus, porém eles prometem não interromper a operação. Nesta quarta, 16 terminais chegaram a ser bloqueados por membros da chapa de oposição à atual presidência do sindicato. As eleições da categoria começam nesta quinta, mas não há previsão de novos bloqueios pela chapa de oposição.
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) informa que a operação de ônibus metropolitanos ocorrerá normalmente. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou, em nota ao G1, que caso ocorra a paralisação dos metroviários o rodízio municipal de veículos estará suspenso na cidade para as placas de final 7 e 8.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, sugere que a população fique em casa nesta quinta. “Quem não quiser protestar é melhor não sair porque o trânsito vai ficar um caos com a quantidade de protestos que deverá ocorrer para reivindicar melhorias para os trabalhadores”, disse.
Procurado para comentar o assunto, Caio Martins, do Movimento Passe Livre (MPL), disse que a entidade segue em apoio aos protestos relacionados com o transporte. “Em princípio apoiaremos os metroviários e outras entidades que lutam pela redução das tarifas no transporte público em algumas cidades da Grande São Paulo”, disse.
Apoio da PM
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse o estado está se empenhando para evitar bloqueios nos transportes públicos. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Roberto Meira, informou que já se reuniu com várias frentes sindicais dos trabalhadores. A corporação diz ter recebido os percursos que devem ser feitos pelos manifestantes.
De acordo com Meira, o efetivo da corporação será reforçado desde as 4h. “Nós vamos reforçar o efetivo com policiais das escolas de sargentos, de oficiais, do efetivo administrativo e também dos policiais que estão de folga”.
Segundo o comandante da PM, a Tropa de Choque, que já foi alvo de críticas públicas ao coibir com violência protestos anteriores, estará de prontidão e agirá se houver necessidade.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou na quarta-feira (10) que os principais percursos combinados com a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) em reunião na sede da Secretaria da Segurança, com o secretário Fernando Grella, e o comandante-geral da PM Benedito Meira, foram a Avenida Paulista, e as marginais Pinheiros e Tietê. As vias, porém, não serão ocupadas totalmente, de acordo com a assessoria da PM.
Haverá ainda reforço no efetivo da PM na capital, com alunos da escola de sargento, oficiais e do setor administrativo. O número de policiais envolvidos na operação não foi informado por questões de estratégia e segurança, segundo a assessoria da corporação.

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