MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Manifestação chega ao fim no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre


A concentração no local chegou a 3 mil pessoas, segundo a Brigada Militar.
Protesto no local foi totalmente pacífico, de acordo com a polícia.

Diego Guichard Do G1 RS

Protesto no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre (Foto: Félix Zucco/Agência RBS)Protesto no fim da tarde reuniu mil pessoas no Largo Glênio Peres (Foto: Félix Zucco/Agência RBS)
Depois de servir de encontro para vários grupos de centrais sindicais nos protestos desta quinta-feira (11), os manifestantes que estavam no Largo Glênio Peres se dispersaram no final da tarde após reunir cerca de 3 mil pessoas, segundo a Brigada Militar. O protesto no local foi totalmente pacífico, de acordo com a Brigada Militar. O dia foi de paralisação em todo o Brasil.
Às 16h30, a concentração no local chegava a 1 mil pessoas, passando uma hora depois para 200 manifestantes. Por volta das 17h50, segundo o Centro Integrado de Comando da Cidade (Ceic), todos os manifestantes já haviam ido embora, sem confronto com a polícia.
“Era necessário esse dia de paralisação. Nosso governo não avançou na pauta política e tributária. Colocamos um trabalhador no poder e há quatro anos a Dilma não faz nada. Hoje é um dia de reflexão”, disse um representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT). “Já tivemos muitas vitórias ao longo dos anos, mas hoje convocamos todos os alunos a estarem nas ruas pedindo os 10% na educação e o passe livre. Estamos satisfeitos com o dia de hoje. Nossa mobilização é focada na qualidade e não na quantidade”, completou um integrante da União Nacional de Estudantes.
Milton Neco, presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre em protesto na capital do RS (Foto: Diego Guichard/G1)Presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto
Alegre diz que protesto desta quinta é diferente dos
últimos (Foto: Diego Guichard/G1)
Segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, Milton Neco, este protesto é diferente dos últimos presenciados na capital. "Essa manifestação mostra a cara e tem pauta única. As centrais sindicais ja vêm discutindo ao longo dos anos. A populaçao brasileira está com sensibilidade maior em funçao dos descaso dos politicos e governantes. Queremos sensibilizar o Congresso Nacional para que a pauta trabalhista avance. Tivemos em torno de 2 mil pessoas mobilizadas".
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Força Sindical participa de protesto em Porto Alegre (Foto: Diego Guichard/G1)Força Sindical participou de protesto em Porto Alegre (Foto: Diego Guichard/G1)
No início da tarde, eles cantaram o hino rio-grandense próximo ao Mercado Público de Porto Alegre. "Os trabalhadores estão na rua por melhorias na saúde, educação, revisão no imposto de renda, redução para jornada de 40 horas e postos abertos 24 horas. Que seja um dia histórico", disse no alto-falante um representante da Força Sindical.
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Artistas fazem apresentaçao teatral na frente do Mercado Público durante manifestação em Porto Alegre (Foto: Diego Guichard/G1)Artistas fazem apresentaçao teatral na frente do
Mercado Público  (Foto: Diego Guichard/G1)
Mais cedo, o protesto também conta com movimentação de artistas, que fizeram apresentaçao teatral na frente do Mercado Público. Seis atores cantaram uma paródia da música "Aluga-se", de Raul Seixa. "A Fifa não vai pagar nada, é tudo free", gritavam. Uma artista chegou a tirar a blusa, tapando apenas os seios com ataduras, e colocou seringas na boca.
A manifestação ocorreu em frente ao Mercado Público da cidade e também no Paço Municipal. Em frente à prefeitura da capital, o Homem Rato, como se intitulou, colocava recados na porta do prédio. "Tem que separar melhor o lixo e não enterrar tudo naquele buraco, prejudicando o meio ambiente", discursou o jovem. Segundo ele, o grupo também não quer mais violência.
Câmara de Vereadores
Em outro ponto da capital, cerca de 1 mil pessoas estavam reunidas às 18h10 em frente à Câmara de Vereadores de Porto Alegre, segundo o Ceic. Depois de caminhada, um grupo chegou à Casa na tarde desta quinta-feira (11). O movimento que já ocupava o local desde a tarde dessa quarta-feira (10) decide quem tem acesso ao prédio. Uma assembleia geral teve início por volta das 18h do lado de fora da Câmara ocupada.
Movimentação na capital
A quinta- feira em Porto Alegre começou como um dia de feriado, com ruas praticamente vazias, transporte público em funcionamento parcial. A cidade se preparou antecipadamente para os protestos na data.
O Governo do Estado divulgou que alguns serviços públicos estão funcionando normalmente. São eles: Farmácia de Medicamentos Especiais, Samu, Centro de Informações Toxicológicas, Disque Vigilância, Hemocentro, Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete) e Parque Zoológico de Sapucaia do Sul.
Poucas lojas abriram na região central, tradicionalmente movimentada durante a semana. Uma rede de farmácia resolveu trabalhar. Porém, das 14 existentes no centro, somente seis funcionavam pela manhã.
O prefeito José Fortunati acompanha o dia em Porto Alegre junto ao Centro Integrado de Comando (Ceic) da capital. "A cidade está praticamente parada, poucos automóveis, nenhum ônibus, não encontramos nenhum transitando", relatou em entrevista à Rádio Gaúcha.
Pequena manifestação na Esquina Democrática no centro (Foto: Vinicius Rebello/G1)Pequena manifestação na Esquina Democrática no centro
(Foto: Vinicius Rebello/G1)
Escolas suspenderam aulas. A Secretaria da Educação deixou que a adesão à greve fosse decidida por cada uma das escolas estaduais. Em relação a escolas particulares de ensinos fundamental e médio, pelo menos 15 instituições decidiram não abrir.
Outros serviços essenciais funcionam, como hospitais. A maioria das unidades básicas de saúde está funcionando normalmente, mas com o número de funcionários menor. Shoppings e supermercados funcionariam, segundo seus administradores. Em nota, o Sindilojas Porto Alegre orienta que o comércio funcione normalmente, a fim de recuperar os prejuízos do mês de junho, causados pela diminuição do movimento de consumidores nas lojas e dos atos de vandalismo registrados.
A orientação da Associação Gaúcha do setor é de que os estabelecimentos abram como em qualquer outro dia útil.
Manifestação no centro de Porto Alegre (Foto: Diego Guichard/G1)Manifestação no centro de Porto Alegre (Foto: Diego Guichard/G1)

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