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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Interior do Tocantins abriga o maior monumento fossilizado do mundo


Monumento Natural das Árvores Fossilizadas ocupa área de 32 mil ha.
Os fósseis têm mais de 250 milhões de anos.

Vilma Nascimento Do G1 TO

Monumento Natural das Árvores Fossilizadas no Tocantins (Foto: Ricardo Martins)Monumento Natural das Árvores Fossilizadas no Tocantins (Foto: Ricardo Martins/Naturatins)
O Tocantins possui muitas belezas naturais, como serras, cachoeiras e rios que são atrativos do estado. Uma dessas belezas é a floresta que hoje é considerada o maior monumento natural fossilizado do mundo através de pesquisas realizadas pela Universidade de Brasília (UNB): o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas. Localizado no município de Filadélfia, a 330 km da capital, o acervo natural ocupa uma área de 32 mil hectares do cerrado tocantinense.

O monumento é uma unidade de conservação ambiental do estado que foi criada pela lei 1.179 de outubro de 2000. De acordo com pesquisas realizadas no local, os fósseis têm mais de 250 milhões de anos, sendo assim, são anteriores aos dinossauros. Entre os principais fósseis encontrados no monumento destacam-se as samambaias arborescentes.
A pesquisadora e professora do curso de biologia da Universidade Federal do Tocantins, Etiene Fabbrin, desenvolve pesquisas no local e afirma que este é um indício de que a região central do Tocantins era uma planície costeira com um sistema hídrico durante o período Permiano (quando o mundo era formada por apenas um supercontinente). O clima era tropical e os chapadões indicam que a região já foi um deserto e as dunas se transformaram em rochas.

Pesquisadores estudam o local (Foto: Divulgação/Equipe de Paleontologia da UFT)Pesquisadores estudam o local
(Foto: Divulgação/Equipe de Paleontologia da UFT)
Chamados de “paus de pedra” pelos moradores da região, os fósseis são caules de árvores que foram se decompondo e, com o tempo, foram preenchidos com minerais e assim se tornaram pedras. Antes do monumento se tornar uma unidade de conservação e ser protegido pelo estado, os moradores não faziam ideia do valor dessas pedras diferentes. “Antes os moradores não sabiam que eram fósseis, chamavam pedras de pau. E como as pessoas ofereciam a preço de banana uma pedra, eles levavam para vender”, disse o gerente do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, Vicente Faustino.

O monumento que ainda não tem o título de patrimônio histórico cultural federal, atualmente é protegido e gerenciado pelo Instituto Natureza do Tocantins - Naturatins. Mas de acordo com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN), no Tocantins, Antônio Miranda, um processo licitatório vai ser aberto ainda este ano para que seja selecionada uma empresa para realizar os estudos que vão determinar o nível de proteção e de gestão na área. “A expectativa é que até 2014 o monumento seja considerado um patrimônio histórico cultural protegido e gerido pelo IPHAN”, disse o superintendente.

Atualmente o monumento é pouco procurado para visitas turísticas. A assessoria de comunicação da Naturatins informou que os interessados em visitar o monumento devem ligar na sede do local, pelo telefone (63) 3391-1034 ou na Coordenadoria de Unidade de Conservação do órgão em Palmas, no número (63) 3218-1034.

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