A cidade de Lethen tem novas lojas, produtos variados e preços atrativos.
Roupas, acessórios e eletrônicos podem ser pagos com a moeda brasileira.
Lojas permanecem lotadas durante os fins de semana (Foto: Bruno Perez/G1)
Devido à isenção de impostos e incentivos fiscais oferecidos pelo
governo guianense, os brasileiros têm procurado cada vez mais a cidade
fronteiriça de Lethen, a 115 quilômetros de Boa Vista. Segundo os comerciantes locais, eles têm recebido mais brasileiros nos últimos meses devido às opções e preços diferenciados.A cônsul geral da Guiana, Leila King, confirma o crescimento e explica que as vantagens para quem quer investir na cidade sempre existiram. Segundo ela, mesmo com menos de dez mil habitantes, Lethen teve um aumento acima de 50% no número de visitantes e movimentação financeira.
A cônsul geral da República Coperativista da Guiana
acredita em mais melhorias (Foto: Bruno Perez/G1)
"Esperamos a construção de um novo porto na capital Georgetown para
agilizar a chegada de mercadorias na fronteira. Para melhorar ainda mais
a cidade, está sendo construído um hotel, em que a primeira etapa será
entregue até 2014", disse a cônsul.acredita em mais melhorias (Foto: Bruno Perez/G1)
Ainda de acordo com ela, o governo aceita projetos de empreendimentos e por meio de leasing autoriza a abertura de novas lojas em Lethen. "Com isso, no último ano, empresários guianenses e até brasileiros têm apostado na economia da Guiana. A variedade de produtos oferecidos é bem maior que antigamente, o que torna o país mais atrativo para roraimenses e turistas", citou Leila, lembrando que após a construção da ponte sobre o rio Tacutu [que liga os dois países] o movimento aumentou.
Com construções e grandes lojas, Lethen tem se fortalecido nos últimos anos (Foto: Bruno Perez/G1)
DiferencialCom opções das mais variadas, como roupas, acessórios e eletrônicos, os visitantes encontram a facilidade de negociar com a moeda brasileira. Nas prateleiras ou etiquetas, os produtos já são expostos com valor em real.
A moeda do país [dólar guianense] equivale ao real e a cota para atravessar a fronteira é de 300 dólares. A fiscalização de produtos é feita pela Receita Federal e Secretaria da Fazenda de Roraima.
O empresário Wender Brito tem várias lojas em Lethen. Morando na cidade brasileira de Bonfim, localizada na fronteira, há sete anos ele mantém negócios no local. Segundo ele, os empreendimentos começaram pequenos e com o movimento a ampliação foi inevitável.
"É o crescimento natural da Guiana. Antes eu tinha poucos funcionários. Com o aumento da demanda, tive que fazer pelo menos dez contratações", contou Brito.
O estudante Maycon Souza, de 23 anos, disse que vai pouco à Guiana. Ele disse que se surpreendeu com tantas lojas abertas. "Na última vez que vim a Lethen, eram poucas as opções, tanto de comércios quanto de produtos. Os preços também são bem mais baixos", disse.
A dona de casa Izabel Kokoginski, de 63 anos, mudou-se para Roraima há quatro meses. Pela primeira vez na Guiana, ela destacou a variedade de roupas e utensílios domésticos. "Comprei vários enfeites decorativos para a casa. Com R$ 100 comprei muita coisa", brincou.
Parte dos produtos é adquirida nos EUA e países asiáticos (Foto: Bruno Perez/G1)
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