Concentração foi realizada no Conjunto João Alves.
Movimento Não Pago participa do ato e luta pela revogação da tarifa.
I ‘Acorda Socorro’ é iniciado de forma pacífica na Grande Aracaju (Foto: Anderson Barbosa)
Os manifestantes de Nossa Senhora do Socorro
foram às ruas na tarde desta sexta-feira (5) para protestar contra o
valor da tarifa e qualidade do transporte público. Os motivos das
reinvindicações se ampliaram e os sergipanos confeccionaram cartazes em
protesto aos custos da Copa do Mundo, problemas no serviço público,
corrupção, educação e cidadania.“Estamos lutando pelos nossos direitos e queremos que o poder público realize os trabalhos em benefício da sociedade. Queremos a revogação da tarifa da passagem do transporte público, infraestrutura, saúde e moradia para a população”, defende Natanael Reis, um dos organizadores do protesto.
A concentração foi realizada no Conjunto João Alves e por volta das 16h, as ruas das proximidades da sede da SMTT já aglomeravam dezenas de pessoas, desde crianças até idosos. De lá, os manifestantes seguiram em caminhada pela avenida principal do Conjunto Marcos Freire II e foram até o terminal de integração onde começaram os protestos contra a qualidade e tarifa do transporte público.
Natanael Reis pede protesto pacífico
(Foto: Anderson Barbosa)
O Movimento Não Pago está participando do ato e lutando pela revogação
do reajuste da tarifa de transporte público. “Queremos continuar a
discussão sobre o valor da tarifa de ônibus cobrada na Grande Aracaju
e mostrar as irregularidades nas planilhas de custos apresentadas pelos
empresários do setor”, afirmou um dos coordenadores do movimento,
Demétrio Varjão.(Foto: Anderson Barbosa)
Os protestos foram iniciados no início de junho em São Paulo e ganharam às ruas de dezenas de cidades do Brasil. Em Sergipe, o primeiro ato realizado foi o ‘Acorda Aracaju’ no dia 20 de junho reunindo mais de 20 mil pessoas. O segundo protesto ocorreu no dia 26 e levou 10 mil manifestantes às ruas. No dia 28 de junho mais de mil pessoas voltaram e realizaram mais um ato. E no dia 2 de julho mais um ato foi realizado com 600 manifestantes.
Tarifa do transporte público
Antes da manifestação, o prefeito de Aracaju João Alves Filho, reduziu a tarifa de ônibus de R$ 2,45 para R$ 2,35 que circula também em Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros. Ele argumentou que a redução foi possível pelo fato de no fim de maio, o Governo Federal desonerar as empresas de ônibus do pagamento de PIS e cofins. O valor da nova tarifa foi aprovado na terça-feira por 17 votos a favor contra 5 na Câmara dos Vereadores de Aracaju e começou a valer a partir do dia 28 de junho.
Demétrio diz que houve irregularidades na votação
do projeto (Foto: Marina Fontenele/G1)
Mas o novo valor não agradou e os manifestantes pedem a revogação da
lei. “Por mais que esse fato pareça uma vitória das pressões populares,
na realidade não passa de uma falsa redução. A tarifa não foi reduzida,
na verdade foi reajustada de R$ 2,25 para R$ 2,35. Com a exclusão dos
impostos no cálculo da tarifa, a prefeitura sanou apenas uma das graves
irregularidades contidas na planilha de custos da SMTT. Vale lembrar que
mesmo com um valor de R$ 2,35, o cálculo tarifário continua incluindo
custos inexistentes, sem os quais o valor tarifário real seria R$
1,92.Lutamos também pelo passe livre dos estudantes e desempregados ”,
explica Demétrio Varjão.do projeto (Foto: Marina Fontenele/G1)
Demétrio disse que os protestos vão continuar e que eles aguardam uma resposta do prefeito João Alves Filho. “Até o momento o prefeito não nos procurou para dialogar sobre os pontos que estamos reivindicando. Desde o começo o movimento está denunciando a fraude nos gastos com o transporte publico que incluiu na planilha de custos valores que não são reais com gastos que não são feitos. A luta é que o prefeito revogue o valor com o valor real da tarifa”, explica.
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