MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Família do CE usa criatividade para comunicar com peregrinos franceses


Casal recepciona em Fortaleza franceses que irão à Jornada Mundial.
Marido e mulher usam cartazes e bandeira para falar com hóspedes.

Do G1 CE

Silvania fez placas em francês para se comunicar com grupo (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Silvania fez placas em francês para se comunicar
com grupo (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Nem a diferença da língua é problema para o casal Silvania Maia e Márcio Paulino hospedar em Fortaleza peregrinos estrangeiros durante a Semana Missionária, evento de preparação da Jornada Mundial da Juventude. Nesta semana, eles recebem os jovens franceses Januel e Samuel. Como o casal cearense não fala francês, a família usa a criatividade para se comunicar com os hóspedes, como cartazes e plaquinhas de papel.
“A comunicação estou fazendo de muitas formas. Decorei algumas palavras, mas como são muitas coisas para falar, resolvi fazer plaquinhas com mensagens que mostro ao longo do dia. Também uso a internet para pesquisar palavras e falar com eles nas redes sociais”, conta a professora universitária, Silvania Maia. A cearense estudou por um ano francês. “Fiz dois semestres de francês, mas não evolui”, lembra.
Cerca de 600 peregrinos vindos de oito países europeus estão em Fortaleza para se preparar para a Jornada Mundial da Juventude. Destes, 472 estão hospedados para diminuir os custos da viagem em casas de membros da Comunidade Católica Shalom, como é o caso de Silvania e Márcio. “É importante que eles vejam que existem pessoas que se disponibilizam a receber, a doar. Tem sido muito gratificante. Eles são bem gratos e, até, já nos chamaram de pai e mãe, em francês”, afirma.
Mensagens foram escritas pela professora para receber hóspedes franceses (Foto: Silvania Maia/Arquivo Pessoal)Mensagens foram escritas pela professora para receber hóspedes franceses (Foto: Silvania Maia/Arquivo Pessoal)
As plaquinhas em francês começaram a ser adotadas logo na recepção do aeroporto. Os dois jovens de Evry chegaram com um grupo de 52 franceses no dia 11 de julho. Em casa, Silvania fez cartazes com mensagens como “Bom dia!”, “Bom apetite”, “Deus te abençoe”, “Vamos tomar café da manhã?” e "Olá! Dormiu bem?". “Está dando certo”, garante a professora.
O casal também conta com a ajuda de sobrinhos, vizinhos e amigos. “Quando estamos no Shalom, aproveitamos quem sabe falar francês e pedimos para perguntar se estão gostando da comida, da hospedagem. Até agora, eles estão dizendo que gostam muito”, conta Silvania.
Os dois jovens, que estão pela primeira vez no Brasil, confirmam a boa hospedagem e o acolhimento em Fortaleza. "Está sendo muito bom ficar aqui em Fortaleza. A comunidade está muito acolhedora", afirma Samuel Heyzimji.
Januel, Silvania e Samuel (Foto: Silvania Maia/Arquivo Pessoal)Januel, Silvania e Samuel (Foto: Silvania Maia/
Arquivo Pessoal)
Rotina
Além de oferecer hospedagem e alimentação, o casal assume a responsabilidade de deixar os peregrinos no Shalom, onde eles participam da programação da Semana Missionária. “Tomamos café da manhã, deixamos eles na comunidade e voltamos para pegá-los à noite”, conta.
Durante o fim de semana, o casal levou os hóspedes para a praia. Para deixar os jovens mais à vontade e seguros, a professora teve a ideia de amarrar uma bandeira do Shalom na barraca onde estavam. “Assim deixamos eles bem livres e qualquer coisa era só procurar a bandeira do Shalom”, conta.
Nas horas das refeições, Silvania já tem uma rotina com os dois jovens franceses. No café da manhã, a oração é feita em português. Durante o jantar, um dos dois jovens agradecem pela alimentação e pelo dia.
Samuel e Januel ficam na casa de Silvania e Márcio até a quinta-feira (18). De Fortaleza, eles seguem para o Rio de Janeiro. Não foram só os hóspedes que gostaram da experiência. O casal que recebeu pela primeira vez peregrinos quer hospedar mais pessoas nos próximos eventos. “Queremos repetir mais vezes. É muito gratificante. Além da experiência, conhecemos mais a cultura deles”, afirma a professora.

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