MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 7 de julho de 2013

Falhas no processo de transporte podem provocar a morte de alevinos


É fundamental colocar filhotes em jejum antes do carregamento.
Caixa de transporte deve ter água do tanque de origem dos alevinos.

Do Globo Rural

O criador André Luís Bof, de Canarana, em Mato Grosso, tenta criar pintado, mas sofre com a mortandade de alevinos. Ele comprou uma leva de oito mil e outra de cinco mil filhotes, mas acabou perdendo tudo depois da soltura no tanque. O veterinário Arno Soares Seerig, especialista em piscicultura, procurou identificar as causas do problema.

A primeira recomendação é comprar os alevinos de um fornecedor idôneo, que siga corretamente o protocolo de captura e transporte dos alevinos. Quem não está familiarizado com o assunto sempre fica admirado com a quantidade de detalhes. É fundamental colocar os filhotinhos em jejum pelo menos 36 horas antes do carregamento.
O segundo ponto é a avaliação do cardume, feita de maneira visual. O criador deve olhar o escore corporal do alevino para ver se não há parasitas externos e, principalmente, as brânquias, que estão sadias se vermelhas e brilhantes.
A condição da água é vital. Antes de tudo, deve ser colocada na caixa de transporte a água do tanque de origem dos alevinos, mesmo que esteja turva. Inicialmente, eles se sentirão em casa. Mas, finalizado o carregamento, é preciso fazer a troca por uma água mais limpa, com menor quantidade de matéria orgânica.
Na unidade de reprodução da empresa Mar & Terra é usada a água de um córrego. A nova entra por uma mangueira e a que era do tanque sai por outra. A troca é monitorada por um aparelho que mede a temperatura e o nível de oxigênio porque o peixe não pode sofrer choque térmico nem asfixia. Se a viagem for longa, é necessário trocar de novo a água a cada seis horas. Em estresse, os alevinos farão xixi e cocô, o que causará aumento no nível de amônia e contaminará o próprio cardume.
Na hora da transferência para o tanque de engorda da propriedade é preciso redobrar o cuidado. O tanque deve ser recoberto com uma rede para evitar o ataque de aves que comem peixe. As temperaturas do tanque e da caixa devem ser iguais para evitar um choque térmico, o que compromete a saúde dos alevinos.
Também é preciso ter atenção em relação ao tamanho do alevino. No caso do pintado amazônico, cruzado com o jundiá, que é o recomendado para a região de Mato Grosso, o ideal são filhotes medindo de oito a dez centímetros, pesando de seis a oito gramas. Para o criador que for trabalhar com o pintado ponto-e-vírgula, cruzado com o cachara, as medidas variam de 13 a 15 centímetros, com média de 20 gramas.

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