Ciro acredita que Dilma fez 'lambança' em resposta a manifestantes.
Ex-ministro defende reforma ministerial.
Ciro Gomes e Dilma Rousseff, em encontro em
outubro de 2010 (Foto: Celso Júnior /
Ag. Estado)
O ex-ministro Ciro Gomes afirmou nesta terça-feira (23), que a equipe
da presidente Dilma Rousseff é de “quinta categoria” e defendeu uma
''ampla reforma ministerial'' como resposta para as manifestações que
ocorrem no país. Para Ciro Gomes, 39 ministérios ''só atrapalham”. “A
Dilma tinha que extinguir uns 15”, ressaltou.outubro de 2010 (Foto: Celso Júnior /
Ag. Estado)
“[Dilma] é muito inexperiente e cercada de gente de quinta categoria pilotando uma aliança que é sentada na putaria. Desculpe a palavra'', disse o ex-ministro em entrevista ao programa do radialista Paulo Oliveira, da Rádio Verdes Mares na manhã desta quarta-feira (23). Segundo o ex-ministro, as propostas de reforma política e assembleia constituinte apresentadas pela presidente como forma de resposta aos manifestantes foram uma “lambança”.
Ele disse acreditar que a população que está se manifestando nas ruas não é contra a Copa do Mundo de 2014. Mas percebeu distorções políticas. “A população percebeu que quando é pra fazer a Copa do Mundo apareceu dinheiro, a burocracia foi ultrapassada, os prazos foram cumpridos, etc, etc, etc. Porque que não fazem a mesma coisa para cumprir a nossa agenda?”, disse.
Disputa à Presidência
Apesar das críticas, Ciro Gomes afirmou ainda que não deve mais disputar a presidência da república. “Acho que não é muito provável. A minha vez era quando terminou o governo do Lula [2010] e a Dilma era uma desconhecida. Lamentavelmente, meu partido [PSB] não teve coragem. Trocaram a minha cabeça por um monte de benefícios para Pernambuco. Tudo bem, faz parte da vida”, disse.
Protesto contra viaduto em Fortaleza
Ciro Gomes chamou de ''meia duzia de burguesotes à toa'' e de ''maconheiros'' o grupo de ambientalistas que protesta contra a derrubada de árvores no Parque do Cocó para a construção de dois viadutos. Ele admite que há alternativas, inclusive a construção de túneis, porém, este tipo de construção seria inviável neste caso específico porque seria necessário fazer a impermeabilização da área.
A obra foi embargada pela Justiça na semana passada e um grupo de ambientalistas permanece acampado na parte desmatada do parque, principal área verde de Fortaleza, em protesto contra a intervenção.
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