Programa Mais Médicos visa atender com mais médicos regiões carentes.
'Medida apresenta uma série de irregularidades', diz presidente do CRM.
Conselho Regional de Medicina em Roraima é contra
o Programa Mais Médicos do Governo Federal
(Foto: Reprodução/TV Roraima)
O Programa Mais Médicos do Governo Federal visa atender com mais
profissionais da saúde regiões carentes e periferias das grandes
cidades. Em Roraima, cinco municípios não foram contemplados. A proposta
de ampliar o número de médicos em cidades brasileiras não agradou a
todos. O Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato Médico de
Roraima (Simed) são contra a medida provisária.o Programa Mais Médicos do Governo Federal
(Foto: Reprodução/TV Roraima)
Dentre as cidades que não serão atendidas estão: Alto Alegre, Bonfim, São João da Baliza e São Luiz do Anauá. Segundo a coordenadora da Atenção Básica, Maria do Socorro, estas regiões já possuem equipes de saúde. "Eles fizeram a avaliação e a leitura desses municípios em maio e quem estava com a equipe toda pronta com médico, dentista, enfermeiros e assistentes sociais ficou de fora".
Programa Mais Médicos
A decisão do Governo Federal em aumentar o número de profissionais de saúde em algumas regiões do Brasil não foi aceita pelo Conselho Regional de Medicina e pelo Sindicato Médico de Roraima (Simed-RR). Conforme a secretária-geral do sindicato, Anete Vasconcelos, uma ação judicial foi movida para derrubar a proposta.
Ainda segundo a secretária-geral a falta de profissionais é devido as péssimas condições de trabalho nas unidades de saúde e hospitais da capital. "Hoje em Boa Vista existem 53 equipes de saúde da família, todavia há uma defasagem de aproximadamente 30 médicos", analisou.
O presidente do Conselho Regional de Medicina, Wirlande da Luz, afirmou que a medida apresenta uma série de irregularidades.
"Uma vez que ela institui o serviço civil obrigatório, que é inconstitucional, determina um CRM provisório, que é outra aberração, pois isso não existe. Além disso, muda a grade curricular por meio de uma medida provisória, que é mais uma inconstitucionalidade. Então, estamos trabalhando para derrubar a proposta", enfatizou.
Quanto a contratação de médicos estrangeiros, o CRM considera a decisão um descaso com os profissionais brasileiros por causa dos benefícios concedidos. "O Governo Federal está trazendo com tudo pago, ajuda de custo de R$ 30 mil, salário de R$ 10 mil, mais do que ganha um médico do Programa Saúde da Família, que é em torno de R$ 8 mil, não vão pagar imposto e tem direito a moradia. Eles vão ter tudo aquilo que nunca deram aos brasileiros", concluiu o presidente.
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