MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 14 de julho de 2013

Aves tocantinenses estão proibidas de ser comercializadas no Pará


Restrição foi feita pela Agência de Defesa Agropecuária do estado.
Prejuízo de avicultores chega a 30%.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera

Frangos Pará (Foto: Reprodução/TV Anhanguera TO)Frangos Pará (Foto: Reprodução/TV Anhanguera TO)
O comércio de aves produzidas no Tocantins foi restringido pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (ADEPARÁ).  Com a restrição, produtores do ramo da avicultura, na região norte do estado, estão preocupados com destino dos frangos.
Manoel Fernandes diz que, há 40 dias, as aves da granja que ele produz estão proibidas de entrar no estado do Pará. Ele é um dos 80 avicultores que fazem parte de um sistema associativista, que trabalha de forma integrada com uma empresa que comercializa aves na região norte do estado.
Na propriedade dele, em Tocantinópolis, região norte do estado, são cinco galpões, três deles construídos recentemente. A estrutura tem capacidade para abrigar até 60 mil aves. Um investimento de R$ 2,5 milhões. "Produto de qualidade, mas não tem pra onde levar", diz, acrescentando que 25% da produção vai para o Pará. "Eles não estão deixando entrar, aí o  galpão da gente fica como depósito. Todo dia morre 100, 150, dependendo do galpão morre até 200 [aves] por dia."
Na região norte do Estado, são produzidas cerca de 400 mil aves por semana, o que representa mais de R$ 8 milhões por mês.  Edson  Negreiros está preocupado com a situação.  "No meu caso, nós temos R$ 5 milhões de investimento, se nós pararmos por aí, como que nós vamos conseguir pagar nossas prestações", questiona .
Segundo o Diretor da Empresa de Aves, Adson Santa cruz,  a agência do estado do Pará alegou, dentre outros problemas, que a Guia de trânsito Animal não estava sendo preenchida corretamente e a empresa não teria um cadastro junto a ADEPARÁ. " Buscamos documentar a consulta junto ao órgão do estado do Pará, posicionamos para o Ministério da Agricultura oficialmente, tivemos a resposta de que não poderia ter essa atuação arbitrária do Pará, no entanto, continua com o posto fiscal travado", diz o diretor.
Enquanto o problema não é resolvido, as aves, que ficam prontas para o abate com  45 dias, estão se acumulando nos criadouros.  "Prejuízo grande, meu prejuízo aqui chega a 30%", ressalta Manoel.
A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) diz que já se reuniu com técnicos da ADEPARÁ para tentar resolver o problema, já que não existem justificativas sanitárias para que as aves do Tocantins não sejam comercializadas em outros estados.  A Adapec informa ainda que está aguardando a decisão do estado do Pará para liberar a fronteira. ADEPARÁ foi procurada para falar sobre o caso, mas não respondeu às solicitações.

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