MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ato de centrais sindicais reúne 7 mil pessoas na Av. Paulista, diz PM


Grupos interditaram rodovias e avenidas na capital paulista.
Entidades defenderam mudanças na legislação trabalhista.

Do G1 São Paulo

As centrais sindicais reuniram sete mil pessoas em ato na Avenida Paulista no começo da tarde desta quinta-feira (11), de acordo com a Polícia Militar. O encontro na região do vão livre do Masp foi o encerramento oficial dos protestos em São Paulo do Dia Nacional de Luta.
Os protestos começaram por volta das 6h, quando sindicalistas ligados à Força Sindical, CUT e CSP – Conlutas se reuniram em diferentes pontos da capital paulista para começar o ato unificado.
Os grupos chegaram a realizar atos que bloquearam a Via Anchieta, Dutra, Raposo Tavares, Anhanguera e Ayrton Senna, apesar de a Justiça ter concedido liminar que vetava as interdições de rodovias.

Ônibus, metrô e trens funcionaram normalmente, mas houve menos carros nas ruas. Pela manhã, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou trânsito semelhante ao de um feriado: o maior índice registrado foi de 12 km, às 7h.

(O G1 acompanha em tempo real as manifestações pelo país, em fotos e vídeos: veja relatos no Brasil inteiro, em São Paulo e no Rio.)
Apesar de cada grupo ter reivindicações específicas para suas categorias, as centrais sindicais se uniram em defesa de mudanças na legislação trabalhista. O pedido para a realização do plebiscito sobre a reforma política também foi lembrado por parte dos manifestantes.
Ao menos oito sindicatos e cinco grupos não ligados a partidos participaram dos atos. Segundo o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, o balanço foi positivo e não foram registrados incidentes ou tumultos.
A Zona Sul teve as vias mais prejudicadas pelas manifestações. Entre outros pontos, grupos interditaram a Avenida Interlagos, Ponte do Socorro e Marginal Pinheiros. A Ponte Estaiada chegou a ser completamente fechada por mais de uma hora pelo sindicato de trabalhadores da construção civil.
No Centro, as lojas da Rua 25 de Março fecharam as portas pela manhã por causa de uma passeata de comerciários. Na Avenida Paulista, os bancos não abriram, mas funcionaram sem problemas nas demais regiões da cidade.

Na Avenida Paulista, mais de mil motociclistas fizeram protestos contra a multa para quem anda com a viseira levantada e também criticaram medidas de regulamentação do setor de motofrete. O grupo pede a redução do valor do DPVAT, mais bolsões de estacionamento e motofaixas e o fim da lei 404/2012, aprovada neste mês no Senado, que torna obrigatório o uso de colete ou jaqueta com airbag.
Após o encerramento oficial do ato na Paulista, alguns grupos seguiram pela Consolação e finalizaram os protestos na Praça Roosevelt, como anteriormente tinham anunciado os organizadores.
Protestos do Dia Nacional de Lutas em São Paulo (Foto: Arte/G1)

São Bernardo e Santo André
A Via Anchieta foi um dos alvos dos metalúrgicos e ficou fechada no começo da manhã. Apesar do desvio providenciado pela Ecovias, empresas que operam no Terminal Jabaquara chegaram a suspender a venda de bilhetes de ônibus para viagens ao litoral em parte da manhã. A estrada foi liberada após os sindicalistas seguirem rumo ao Paço Municipal.
Ainda no ABC, cerca de 50 pessoas ligadas ao Movimento Passe Livre (PML) foram ao Consórcio Intermunicipal em Santo André. O grupo pediu uma reunião pública deliberativa com os prefeitos das sete cidades do ABC para discutir sobre transporte público na região.
Reivindicações
A pauta das centrais sindicais prevê redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem redução de salários; fim do PL 4330, que trata da terceirização; fim do fator previdenciário; destinação de 10% do PIB para a educação e de 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) reivindica o plebiscito da reforma política, mas o tema não é consensual entre as centrais. O presidente da CUT, Vagner Freitas, cobrou do Congresso a votação das reivindicações dos trabalhadores e a reforma política. "Não podemos deixar os congressistas fazerem o que quiser. Queremos o plebiscito. O Congresso precisa ouvir os trabalhadores, eles não podem engavetar nossas reivindicações. Se não formos ouvidos, faremos outra greves como hoje", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, encerrou a manifestação desta quinta, durante o Dia Nacional de Lutas, com críticas aos protestos realizados desde junho, convocados pelas redes sociais e por outros movimentos. "Aqui não tem mascarado. Lutamos contra a ditadura com o rosto limpo, mostrando a cara. Agora, vamos para a Avenida Paulista seguir esse movimento."

Miguel Torres, vice-presidente da Forca Sindical e presidente da União Sindical diz que atos no país inteiro foram um sucesso e mais do que o programado e que nenhuma autoridade ainda procurou os sindicalistas para negociar. Foi um grande sucesso no Brasil inteiro, bem maior do que esperávamos", afirmou.

Aliados defendem governo
Aliados da presidente Dilma Rousseff usaram tom moderado, mas fizeram criticas ao governo durante ato na Avenida Paulista. "Sabemos que os governos Lula e Dilma fizeram muito para o Brasil avançar, mas muito ainda tem de ser feito", disse o presidente estadual do PT, Edinho Silva. O líder do PT na Assembleia Legislativa, Luiz Marcolino, diz que o partido não pode abandonar antigas bandeiras por reforma agrária, saúde e educação.

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