MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 20 de julho de 2013

'Associo minha recuperação a Chico', diz jornalista após adotar cachorro


Amizade entre Noêmia Mello e animal ajudou a superar depressão.
Adoção aconteceu a partir da dica de uma amiga há três anos.

Brenda Coelho Do G1 BA

Cachorro e dona em relação de amizade (Foto: Noêmia Mello/ Arquivo Pessoal)Cachorro e dona em relação de amizade (Foto: Noêmia Mello/ Arquivo Pessoal)
"Chico veio acrescentar vida onde não tinha", é assim que a jornalista Noêmia Mello se refere ao cachorro de estimação que adotou há três anos, durante uma depressão. Foi depois de uma grande decepção amorosa que Noêmia seguiu a dica de uma amiga e decidiu criar um animal.
"Uma médica amiga minha viu o cachorro doente na porta da Igreja de São Lázaro [em Salvador], mas não me disse. Ela me ligou e falou: 'Tô com um negócio aqui para você'. Quando cheguei lá ela perguntou: 'O que você achou desse cachorro?'. Ele me olhou abatido e me lambeu. 'Fico com ele', disse na hora", lembra Noêmia.
Cachorro e dona em relação de amizade (Foto: Noêmia Mello/ Arquivo Pessoal)Nome 'Chico' é homenagem a Chico Buarque
(Foto: Noêmia Mello/ Arquivo Pessoal)
Recuperação
Noêmia passou dos 62 Kg que pesava para 45 Kg durante o período em que esteve em depressão. Ela passava a maior parte do tempo na cama e não tinha ânimo para sair de casa. Chico, por sua vez, foi encontrado doente, chegando a ser desenganado por dois dos três veterinários que o atenderam.
"Eu parecia um zumbi, mas meu desejo era de ajudá-lo. No final, ele que ajudou, associo minha recuperação a Chico", diz sem hesitar.
Construída na dor, a relação entre os "amigos" foi se fortalecendo com o passar do tempo. "Chico ficou bom e acabou sendo o 'lord' da casa, meu amigo. A pessoa que tenho assim, digo pessoa porque tenho ele como amigo, a ponto de antecipar o término de uma viagem que duraria 15 dias para uma semana por conta dele", revela Noêmia.
Cachorro e dona em relação de amizade (Foto: Noêmia Mello/ Arquivo Pessoal)Chico participa de brincadeiras da família, na cama
(Foto: Noêmia Mello/ Arquivo Pessoal)
Mordomias
O "nome de batismo", como Noêmia diz, é Francisco Buarque de Holanda, uma homenagem ao músico autor de tantas canções que falam das relações de amor. Chico, como é carinhosamente chamado por todos, tem um tratamento diferenciado, digno dos bons amigos.
Noêmia conta que como viaja muito, três amigos têm a chave de sua casa para prestar assistência a Chico enquanto ela está fora. Na hora das refeições, Chico tem seu lugar à mesa, mas senta-se na cadeira. A comida também é preparada com todo cuidado.
"Compro carne chupa-molho, escaldo algumas vezes para tirar a gordura e só depois desfio e sirvo com o arroz e a ração", detalha Noêmia.
Para dormir, Chico tem espaço especial na cama de Noêmia. "Eu tinha uma cama normal antes dele, estilo solteirão. Mas como tinha que cuidar dele [enquanto estava doente], eu comprei uma cama king size e colocava um pano para ele ficar em cima. Era para ser metade do espaço para cada um, mas quando olho ele já esta por cima das minhas pernas, muito espaçoso", brinca.
O corte do pelo também é feito com capricho por Noêmia, que não deixa nenhum profissional tocar no amigo. "Eu não dou a ninguém, tosava antes, mas ele apareceu com pulga, aí parei", observa. Na hora do passeio, Chico tem lugar privilegiado no carro: só senta no banco da frente. "Todos os meus amigos já sabem que na cadeira da frente só Chico que vai", destaca.
A adoção sempre foi o caminho visto por Noêmia para ter um animal e, no caso de Chico, a causa foi abraçada pelos amigos e familiares. "Tenho uma filha e uma neta, todos são loucos por Chico. Indico a qualquer pessoa que quiser ser feliz hoje a ter um animal de estimação", conclui a jornalista.

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