Seguros custam aproximadamente 15% do valor do equipamento.
Especialista alerta que é necessário avaliar o contrato antes de assinar.
Com onda de violência, alagoanos optam por
seguros de equipamentos eletrônicos.
Foto: Jonathan Lins/G1)
Acostumada a andar em ônibus pela cidade de Maceió,
a comerciante Natália Freire diz que não pensou duas vezes para
contratar o seguro contra roubo para o seu celular. Ela conta que foi
assaltada duas vezes e que chegou a desistir de usar o aparelho.seguros de equipamentos eletrônicos.
Foto: Jonathan Lins/G1)
“Foi a primeira vez que fiz um alto investimento em um aparelho celular. Como me sinto exposta e já fui assaltada, não quero me preocupar”, afirma a comerciante que, paga cerca de R$ 15 por mês pelo serviço
Ela faz parte de um grupo de pessoas que está cada vez mais preocupado com a segurança e o risco de ter seu bem eletrônico roubado fora da residência. Os casos cobertos pelos seguros envolvem roubo, existência de grave ameaça ou com o emprego de violência, ou furto qualificado, quando há destruição de obstáculo.
O corretor de imóveis Victor Silva revela que teve que sofrer um sequestro relâmpago para adquirir ao seguro. Ele disse que além do carro, os criminosos levaram todos os seus pertences, incluindo dois celulares novos. “Passei muito tempo para me organizar. O carro tinha seguro, mas eu tinha tudo no meu celular. Eu organizava a minha vida pelo celular, como quais clientes eu iria atender. Mesmo que eu não não pudesse recuperar meus dados, eu não ficaria tão frustrado”, afirma.
Seguros para equipamentos eletrônicos
As operadoras de telefonia móvel já utilizam esse serviço e cobram valores mensais de acordo com o valor do aparelho. Em média, elas cobram 25% do valor que está na nota fiscal do aparelho para oferecer o serviço. Mas há também as operadoras de seguros que oferecem apólices para outros equipamentos, como câmeras digitais, notebooks e entre outros.
Empresas oferecem seguros para celular e outros aparelhos (Foto: Reprodução/internet)
Em Alagoas, a procura por esses serviços vem aumentando.De acordo com o diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros de Alagoas, Djaildo Almeida, devido ao crescimento da violência, esse tipo de seguro cresceu no mercado. Ele diz que o seguro para equipamentos eletrônicos custa em média 15% do valor da nota fiscal do produto. Ele diz ainda que o segurado precisa ficar atento às especificações do contrato.
Ainda segundo ele, uma das novidades é a cobertura internacional, onde o segurado pode ficar tranquilo em viagens ao exterior. “O seguro é feito a partir da necessidade do cliente. O aparelho que será segurado não pode ter menos de três anos e tem a vantagem que pode ser dividido em até 10 vezes”, afirma o corretor.
De acordo com um especialista em seguros, Antônio Jorge Mendonça, esse tipo de apólice tem grande potencial de crescimento influenciado pela preocupação das pessoas com segurança e o poder de consumo da classe média.
Ele ressalta que essa faixa da população "entra no mercado de consumo como grande compradora de equipamentos eletrônicos". Ele afirma ainda que as seguradoras também estão mais exigentes devido aos índices de violência e um maior risco de assaltos.
Na tentativa de driblar as seguradoras e receber indenizações de carros, criminosos forjam acidentes, incêndios, roubos e furtos. Por isso,o diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros de Alagoas, Djaildo Almeida, diz ainda que as operadoras de seguros tiveram que se tornar mais exigentes ao elaborar o contrato. “Nós tivemos que deixar claro que o seguro não cobre perda. Além de especificar o roubo e furto qualificado. Nós tivemos algumas fraudes e chegamos até a dar novos equipamentos”, afirma Almeida.
Seguro de eletrônicos dar tranquilidade a quem não consegue viver sem os aparelhpos tecnologicos (Foto: Jonathan Lins/G1)
Como funcionaO consumidor tem cobertura em caso de roubo e furto qualificado, exceto quando deixado em veículos, danos elétricos, impacto de veículos, incêndio, raio ou explosão. Segundo o corretor de seguros Djaldo Almeida, antigamente o perfil da pessoa que contratava seguros para notebooks era de executivos. Agora, não existe um perfil predominante devido à popularização dos equipamentos. “Como a capital alagoana apresenta altos índices de violência e a aquisição de equipamentos como boas câmeras digitais, notebooks e celulares se tornou mais fácil, os alagoanos buscam cada vez mais os seguros”, ressalta.
Para receber um produto novo, igual ao roubado, é preciso apresentar o boletim de ocorrência. “Nossa exigência é o BO. Mas mesmo assim, ainda há casos de fraudes. Uma pessoa que perdeu o celular pode dizer na hora de confeccionar o BO que um assaltante colocou uma arma em sua cabeça e levou o seu aparelho”, diz o corretor ao reforçar as operadoras de seguros não cobrem os furtos simples, desaparecimento inexplicável ou extravio, por exemplo.
Djaildo Almeida diz ainda que antes de fechar o contrato com alguma operadora de seguro, o futuro segurado precisa analisar quais o que cada contrato diz e que a internet pode ajudar a tirar as dúvidas. "Muitas operadoras deixam em suas páginas na internet um simulador para o seguro e as especificações de cada apólice", afirma o corretor.
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