Tempo seco e baixa umidade do ar aumentam o risco de queimadas.
Aceiros protegem a mata no Parque Nacional das Emas.
Nesta época do ano, a fauna e a flora da reserva ficam ameaçadas. Por causa da estiagem, a vegetação rasteira que já está seca, torna-se um combustível natural como aconteceu em agosto de 2010, quando um incêndio destruiu mais de 90% da área. Foram vários dias para apagar o fogo, muitos animais morreram e os que conseguiram fugir ficaram sem abrigo e alimentação.
Hoje, a reserva parece estar completamente recuperada e para prevenir novas queimadas, todos os anos, nesta época de seca, o Instituto Chico Mendes, responsável pelo Parque das Emas, recruta brigadistas para abrir os aceiros. É o fogo combatendo o fogo.
Os aceiros estão abertos em 14 talhões. Ao todo são 350 quilômetros de mata queimada que agora vão servir como barreira para evitar que outros incêndios aconteçam.
E o trabalho exige muita rapidez, cerca de 30 brigadistas foram treinados. O trabalho precisa ser rápidos. Em poucos minutos, as chamas formam faixas de terra sem vegetação. Enquanto o fogo se espalha, dois carros-pipa e brigadistas com abafadores acompanham tudo de perto.
As queimadas controladas começam sempre no meio da tarde e vão até o começo da madrugada. Antes de colocar fogo nos talhões selecionados, uma varredura retira os animais, mesmo assim não é difícil flagrar alguns deles fugindo.
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