MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 11 de junho de 2013

UM GOVERNO AMENDRONTADO É O QUE VEMOS NO BRASIL HOJE

Grupo de índios se concentra diante do Ministério da Justiça

Cerca de 20 mundurukus pedem alimentação e transporte.
Eles são parte de grupo de 150 que ocupou o prédio da Funai.

Do G1, em Brasília

Índios tentam capturar carpas no espelho d'água do Ministério da Justiça (Foto: Isaura Borba / G1)Índios tentam capturar carpas no espelho d'água do Ministério da Justiça (Foto: Isaura Borba / G1)
Cerca de 20 índios mundurukus se concentraram na tarde desta terça-feira (11) na entrada principal do Ministério da Justiça. O grupo, que incluia crianças e mulheres, queria apoio para conseguir alimentação e transporte.
A secretária-executiva de Política Indigesta do ministério, Terezinha Gasparin, negociou com o grupo e ofereceu transporte, uma pousada onde receberiam alimentação e um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para levá-los de volta ao Pará.
O grupo que se concentrou no Ministério da Justiça é parte dos 150 índios da etnia munduruku que ocuparam na noite desta segunda-feira (10) o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai). A ocupação se estendeu nesta terça (11) e paralisou as atividades do órgão.
Os integrantes do grupo recusaram a hospedagem oferecida pela secretária do Ministério da Justiça e afirmaram que vão se manter na sede da Funai, para onde iriam retornar no final da tarde. Segundo a secretária, a alimentação seria oferecida na Funai.
Quanto à proposta de vollta para o Pará em aviões da FAB, um dos líderes afirmou que os índios não retornarão se não conseguirem se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
Reivindicações
Os indígenas pedem para ser ouvidos pelo governo em consulta pública sobre os impactos ambientais de três empreendimentos: a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (Pará); hidrelétrica Teles Pires, no rio Teles Pires (Mato Grosso do Sul) e o Complexo Hidrelétrico de Tapajós, no Rio Tapajós (Pará).
O grupo de 150 índios chegou a Brasília na terça-feira da semana passada em dois aviões da Força Aérea Brasileira para se reunirem com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Eles entraram em divergência com o ministro ao ouvirem que, mesmo após consulta pública, o governo não pretende interromper a construção das usinas.
Carvalho afirmou nesta terça que a diretora interina da Funai, Maria Augusta Assirati, está em “negociação permanente” com os indígenas. A expectativa é de que eles deixem o local na manhã desta quarta(12), de acordo com o ministro.
“Maria Augusta está insistindo na negociação com eles para que eles desocupem a parte administrativa do prédio. De todo modo, está acertado com eles que eles saem amanhã [quarta] de manhã”, afirmou.
Índios negociam com a secretária-executiva de Politicas Indigenistas, Terezinha Gasparin, do Ministério da Justiça (Foto: Isaura Borba / G1)Índios negociam com a secretária-executiva de Politica Indigenista, Terezinha Gasparin, do Ministério da Justiça (Foto: Isaura Borba / G1)

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