Som da viola caipira conquista cada vez mais espaço na música erudita

Instrumento faz parte da Orquestra Filarmônica da USP em Ribeirão Preto.
Interesse fez a viola ganhar as salas de aula.

Do Globo Rural

Parece uma classe como outra qualquer, mas olhando bem descobrimos que as anotações são feitas em partituras.
É preciso ficar de olho nas notas musicais na aula sobre Villa Lobos, um dos maiores compositores do Brasil.
A parte teórica reúne estudantes de vários instrumentos no curso de música, mas não é difícil descobrir quem são os alunos de viola caipira. O chapéu mostra o orgulho de quem faz parte do primeiro curso de bacharelado em viola caipira do Brasil.
Depois da teoria, vem a prática. É hora da viola caipira desfilar pelo campus rumo à outra sala de aula.
Quando os dedos começam a correr as cordas, todos parecem profissionais. E na verdade eles são. Gilliard Fenerich e Guilherme Tenório já tocavam e compunham, mas procuraram a universidade para o aprimoramento das técnicas.
Desde que o curso começou em 2005, cinco alunos já se formaram bacharéis em viola caipira.

A viola que entrou na faculdade há oito anos provocou uma revolução nada silenciosa. Depois de conquistar os estudantes de música, foi convidada para integrar a Orquestra Filarmônica da USP de Ribeirão Preto e mostrou para o violoncelo, para a flauta e para o elegante violino a riqueza do repertório caipira.
No ensaio, uma música composta pelo professor especialmente para os solos da viola caipira chama a atenção. O desafio agora é encontrar músicas eruditas que se encaixem com o instrumento.