Redes sociais organizam no Rio atos contra vandalismo e de solidariedade

Cariocas promovem declaração de amor ao Paço Imperial.
Internautas fazem “vaquinha” on line para vítima que teve carro incendiado.

Alba Valéria Mendonça e Renata Soares Do G1 Rio

Paço Imperial teve 25 vidros quebrados e paredes pichadas por vândalos (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

Em meio ao caos em que se transformou o Centro do Rio depois dos atos de vandalismos que destruíram imóveis públicos e privados, novos e históricos, nesta terça-feira (18), a generosidade do carioca começou a dar o ar de sua graça. Nas redes sociais, internautas propõem fazer uma declaração de amor aos prédios históricos atingidos, como o Paço Imperial, e até mesmo uma “vaquinha” para que o dono de um carro incendiado possa comprar outro veículo.
Depois de uma noite de grande tensão, o diretor do Paço Imperial, Lauro Cavalcanti, disse que começou o dia com uma grata surpresa: a criação da página “Declaração de Amor ao Paço Imperial”, no Facebook. Nele, admiradores do prédio histórico propõem  uma maneira de demonstrar respeito e afeto pela história do Rio num encontro, às 11h de domingo (23), no local.
“Isso é muito bacana, pois vemos que tem gente preocupada com o patrimônio histórico da cidade. O apoio que a gente está recebendo é muito gratificante. Acho válida a mobilização, ainda mais que há novas manifestações marcadas”, disse Cavalcanti, que postou na página que “destruir um patrimônio público tão importante como o Paço é atingirmos, do pior modo, a nós mesmos”.
O Paço Imperial teve as paredes pichadas e 25 vidros de janelas quebrados. As pichações foram removidas pela Comlurb na manhã desta terça-feira. E o diretor já encomendou novos vidros para as janelas. Segundo ele, serão gastos R$ 15 mil para recuperar as janelas e caiar as paredes.
Comovido, um grupo de internautas se comoveu com sua situação e organizou uma “vaquinha” on line para juntar dinheiro para que o radialista possa comprar um carro novo. Entre eles, a professora Mariana Chagas, de 27 anos, que apesar de não conhecer o operador, disse que está confiante. “Eu tentei ligar para a Tupi, mas não consegui contato com ele. Acho legal ajudar as pessoas e resolvi me mobilizar junto com meus amigos”, contou.