Reivindicações vão de preço do transporte público a custos da Copa.
Poucas cidades registraram confrontos com a polícia e vandalismo.
Em São Paulo, o quinto e maior protesto em duas semanas causou a interdição de importantes vias, como a Marginal Pinheiros, a Avenida Paulista e a Ponte Estaiada. A manifestação reuniu cerca de 65 mil pessoas e foi considerada pacífica até um grupo tentar invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo. A polícia reagiu com bombas de efeito moral e gás de pimenta e impediu o ato.
Em Brasília, os participantes invadiram a marquise do Congresso Nacional. Em Porto Alegre, manifestantes foram presos após depredarem mais de 50 contêineres e incendiarem ônibus. Em Belo Horizonte, houve confronto na Praça Sete. Em Fortaleza, o hotel da Seleção Brasileira foi alvo dos manifestantes.
Maceió, Vitória, Salvador, Belém, Curitiba e Recife também registraram protestos. Outras cidades do Brasil foram palco de manifestações. Veja como foi:
Maceió teve uma manifestação com ao menos 2 mil participantes, segundo a Polícia Militar. Eles protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,30 para R$ 2,85.
Os ativistas bloquearam a Avenida Fernandes Lima, causando trânsito.
Um carro furou o bloqueio dos manifestantes e um tiro foi disparado contra a multidão, atingindo um estudante no rosto. Os ativistas acusam o motorista de atirar. Durante o protesto, o automóvel foi cercado pelos manifestantes, que batiam contra seu capô. A Polícia Militar identificou que o veículo pertence a uma Prefeitura (Leia mais).
Em Salvador, a estimativa da Polícia Militar é que mais de 4 mil pessoas tenham ido às ruas em apoio aos protestos pelo país que exigem a redução das tarifas.
A manifestação começou por volta das 16h, e permaneceu pacífica, tendo ficado concentrada na Avenida ACM e na Avenida Paralela. O trânsito ficou bem complicado por volta das 19h (Leia mais).
Uma manifestação com cerca de 5 mil pessoas saiu pelas ruas de Fortaleza a favor da redução da tarifa e contra a Copa do Mundo, na segunda-feira (17).
Os ativistas seguiram até o hotel onde a seleção brasileira estava hospedada, no bairro Moura Brasil.
A manifestação foi pacífica e não teve confrontos (Leia mais).
Um protesto que durou quase seis horas durante a segunda-feira (17) reuniu 10 mil pessoas no Distrito Federal, segundo o comando da PM.
O protesto teve casos isolados de vandalismo, mas foi pacífico na maior parte do tempo.
Ativistas tentaram invadir o Congresso Nacional e algumas dezenas deles conseguiram furar o bloqueio policial. O grupo invadiu a cobertura do prédio do Legislativo e se aglomerou na marquise do edifício para entoar gritos de ordem e estender faixas. Dois manifestantes foram presos, segundo a polícia (Leia mais).
Bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas contra manifestantes que tentavam chegar à casa do governador Renato Casagrande, em Vitória, no Espírito Santo, por volta das 22h da segunda (17).
A Polícia Militar estima que mais de 5 mil pessoas participaram do protesto, que saiu da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e seguiu pela cidade. Confrontos foram registrados.
A reação da PM, segundo os manifestantes, foi desencadeada após uma latinha ser jogada por um ativista (Leia mais).
Em Belo Horizonte, o protesto teve confronto entre PMs e manifestantes. Mais de 20 mil pessoas foram às ruas numa manifestação que começou na Praça Sete, no Centro da cidade, e seguiu a pé até as imediações do Mineirão, em um trajeto de cerca de 10 quilômetros.
Os confrontos começaram próximo ao campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Duas pessoas firam feridas, mas sem gravidade. Uma delas caiu de um viaduto. Próximo à universidade, a polícia fez uma barreira para impedir o protesto de seguir até o Mineirão, onde o jogo entre Taiti e Nigéria ocorria pela Copa das Confederações.
A Polícia Militar afirmou que os manifestantes jogaram pedras contra a força policial. A Tropa de Choque reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha (Leia mais).
A maioria dos participantes eram estudantes universitários e de ensino médio, mas também houve militantes de movimentos sociais entre os que integraram o protesto.
Com cartazes e gritos de ordem, os manifestantes protestavam por muitos motivos, entre eles pela distribuição de terra, melhoria do transporte público e pela redução da tarifa (Leia mais).
Segurando faixas e cartazes com dizeres como "Que país é este?" e "Desculpe o incômodo, estamos mudando o país", os manifestantes fecharam os cruzamentos das principais ruas da região central (Leia mais).
Em Curitiba, cerca de 10 mil pessoas participaram de um protesto que saiu da Boca Maldita, nesta segunda-feira (17). O número foi informado pela Polícia Militar.
O grupo reivindica, entre outras coisas, a redução da tarifa de ônibus na cidade. Eles pedem que o valor seja reduzido dos atuais R$ 2,85 para R$ 2,60 de segunda a sábado e de R$ 1,50 para R$ 1 aos domingos.
A manifestação partiu da Boca Maldita em direção à Praça Santos Andrade, onde ficam o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Teatro Guaíra. O ato foi pacífico no início, mas terminou com um pequeno grupo em confronto com a polícia (Leia mais).
Segundo um dos organizadores, Helton Preguiça, a manifestação foi marcada pelas redes sociais em apoio aos protestos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Participaram do ato estudantes, universitários e outras pessoas. Segundo Preguiça, apesar de a tarifa do ônibus ter reduzido, o objetivo da manifestação é reunir propostas de melhorias para o transporte público da cidade e, posteriormente, leva-las à Prefeitura (Leia mais).
Em Londrina, no norte do estado do Paraná, as manifestações contaram com cerca de 8 mil pessoas.
Além das melhorias no transporte coletivo, houve quem protestasse em Londrina contra a corrupção, por mais investimentos em saúde e educação, e até contra a Proposta de Emenda Constitucional 37, que pode reduzir o poder de investigação do Ministério Público (Leia mais). A manifestação apoia proposta dos ativistas em São Paulo e no Rio de Janeiro, de que a tarifa do transporte público seja reduzida nessas cidades.
Em Ponta Grossa, protesto pede mais empresas
de ônibus (Foto: Flávio Almeida/RPC TV)
Mais de 4 mil pessoas foram às ruas em Ponta Grossa, em uma manifestação na segunda-feira (17).de ônibus (Foto: Flávio Almeida/RPC TV)
Os ativistas questionam não o preço da passagem, que ficou R$ 0,10 mais barata, mas o fato de apenas uma empresa de ônibus ser responsável pelo transporte público.
Os manifestantes também apoiam a causa dos protestos e atos em São Paulo e no Rio de Janeiro, que pedem a redução das passagens de ônibus (Leia mais).
Uma manifestação por melhores condições de vida em Belém, capital do estado, reuniu mais de 13 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. A multidão entoava a uma só voz os gritos de protesto: "Vem pra rua!"; "A rua é nossa"; "Sem vandalismo".
A passeata avançou pela avenida Almirante Barroso até o Entroncamento pacificamente e terminou no trevo que dá acesso aos balneários do distrito de Belém e também à rodovia BR-316, única via de entrada e saída da capital.
Entre as bandeiras erguidas estavam as de feministas, estudantes, movimento LGBT, grupos de skatistas e pessoas que pediam mais segurança para pedalar nas ruas da cidade. Na pauta, críticas à construção da Usina de Belo Monte, aos gastos em obras para a Copa do Mundo, repúdio à Proposta de Emenda Constitucional 37, gritos contra a homofobia e o Estatuto do Nascituro (Leia mais).
Centenas de pessoas se reuniram na área central do Recife para protestar contra o aumento do preço da tarifa pelo país e a corrupção. Manifestantes ocuparam o cruzamento das avenidas Conde da Boa Vista e Agamenon Magalhães, próximo à Praça do Derby.
O trânsito na região apresentou retenções e ficou congestionado. O grupo também cobrou passe livre, meia passagem intermunicipal e melhorias no transporte público.
Formado em sua maioria por estudantes, o grupo de manifestantes afirmou que o movimento é apartidário (Leia mais).
O protesto no Rio contou com mais de 100 mil pessoas e teve um início pacífico na segunda-feira (17). Os manifestantes começaram seguindo pelo Centro da cidade. No fim, houve atos de vandalismo e confrontos.
Manifestantes picharam prédios públios e empresas, quebraram vidros, depredaram agências bancárias e chegaram a agredir alguns policiais militares, que revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e até tiros para o alto, inclusive de fuzil.
Na Assembleia Legislativa, um rastro de destruição marcava a passagem dos manifestantes. Com vidraças quebradas e extintores de incêndio espalhados no chão, o local estava irreconhecível. Cerca de 70 policiais militares se protegeram de um ataque dentro do prédio. O hall foi quebrado, com extintores de incêndio espalhados pelo chão, além de cocos e pedras que destruíram vidraças (Leia mais).
Os manifestantes reclamavam pedindo melhorias em áreas como saúde, transporte e educação.
O protesto pacífico foi idealizado por estudantes da UFF (Universidade Federal Fluminense) e em pouco tempo ganhou a adesão de estudantes de outras universidades (Leia mais).
Cerca de 10 mil pessoas se reuniram no centro de Porto Alegre no início da noite de segunda-feira (17), segundo a Brigada Militar.
Manifestantes se deslocaram pela rua João Pessoa, seguiram a marcha até o bairro Cidade Baixa e pararam na Avenida Ipiranga, onde acabaram entrando em confronto com a polícia.
As pessoas que participam ressaltam que a ida às ruas é contra custo de vida, a realização da Copa do Mundo no Brasil e o aumento da passagem do transporte. Houve depredação, janelas de lojas destruídas e conflitos com os policiais (Leia mais).
A estrada é a principal ligação da capital do estado, Porto Alegre, com as cidades da região.
Após concentração na Praça do Imigrante, na Zona Central, os manifestantes percorreram as principais avenidas do município e foram para a Câmara de Vereadores. De acordo com a Brigada Militar, entre 2 mil e 3 mil pessoas participam do protesto (Leia mais).
O quinto dia de protestos na cidade de São Paulo começou com a reunião de milhares de manifestantes no Largo da Batata, em Pinheiros, nesta segunda.
Cerca de 65 mil pessoas participaram da manifestação. Após o início, os ativistas se dividiram pela capital, seguindo para a Avenida Paulista, a Marginal Pinheiros e a Avenida Brigadeiro Faria Lima.
Pelo menos 3 mil pessoas chegaram ao Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul, de acordo com balanço da polícia. O protesto, que estava pacífico até então, teve um princípio de tumulto no local quando manifestantes tentaram invadir o Palácio.
A PM usou bombas de gás e dispersou a concentração no local por volta das 23h30 de segunda-feira. Mas, no início da manhã de terça-feira (19), um grupo de 30 pessoas ainda resistia em frente ao Palácio após passar a noite no local (Leia mais).
Manifestantes passaram no meio do trânsito em
Araraquara, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
Em Araraquara, no interior paulista, ao menos 150 pessoas participaram
de um protesto apoiando as manifestações contra o aumento das tarifas de
transporte pelo país, nesta segunda-feira (17).Araraquara, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
Participantes da passeata na cidade carregavam faixas pedindo liberdade expressão.
Os manifestantes percorreram ruas da região central, próximo aos prédios da Prefeitura e da Câmara Municipal. O trânsito continuou liberado e os participantes passaram em meio aos carros e ônibus (Leia mais).
A manifestação, que começou na Praça Rui Barbosa, foi acompanhada por cerca de 30 policiais para garantir a segurança dos manifestantes que seguiram com o protesto de maneira pacífica. Segundo ativistas, a manifestação é contra o reajuste do transporte público e a renovação do contrato da prefeitura com as empresas que prestam o serviço (Leia mais).
Por volta das 19h, os manifestantes paralisaram os dois lados da avenida Puglisi, perto do túnel. O último aumento de passagem na cidade foi em março, de R$ 2,60 para R$ 2,90. Os moradores também sofreram com o reajuste dos ônibus intermunicipais, que tem linhas nas cidades da Baixada Santista. Por causa do ato, o trânsito ficou complicado em algumas vias (Leia mais).
O grupo protestava contra um decreto do Executivo que reajustou a taxa de iluminação pública em até 50% para residências.
O protesto começou na sessão da Câmara de Vereadores, e a sessão do dia foi suspensa. Saindo do local, os manifestantes se dirigiram ao shopping da cidade (Leia mais).
Os manifestantes pediam mais qualidade no transporte e passe livre para estudantes, desempregados e trabalhadores.
Os manifestantes saíram da Avenida Conselheiro Nébias, no bairro Boqueirão, com cartazes, faixas e apitos para chamar a atenção das autoridades e também da população, para que eles tenham o apoio dos moradores da cidade.
O protesto seguiu até o terminal de balsas, na Ponta da Praia (Leia mais).
(Foto: Suellen Fernandes/G1)
Os manifestantes percorreram ruas da região central, o que prejudicou o trânsito. O protesto teve início por volta das 17h30 na Praça Monsenhor Marcondes e seguiu até o Paço, onde contou com um carro de som
Nenhum comentário:
Postar um comentário