MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Prefeitura afirma que 95 ônibus foram depredados no protesto de terça-feira


Prédios da Prefeitura e do Theatro Municipal foram alvo de vandalismo.
O governo municipal conta ainda 189 lixeiras destruídas.

Do G1 São Paulo

São Paulo: No dia seguinte ao sexto ato contra o aumento da tarifa em SP, pichações são vistas na fachada do Teatro Municipal. (Foto: Tatiana Santiago/G1)Pichações são vistas na fachada do Theatro Municipal nesta quarta (Foto: Tatiana Santiago/G1)
A Prefeitura de São Paulo contabilizou 95 ônibus depredados durante as manifestações de terça-feira (18), sexto dia de protestos contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo de R$ 3 para R$ 3,20. Dois coletivos foram queimados, um com perda total e outro com perda parcial.
O balanço atualizado da Prefeitura foi divulgado por volta das 17h. Pela manhã, o governo municipal contava 80 ônibus danificados.
O subprefeito da Sé, Marcos Barreto, disse que 29 estabelecimentos privados, entre agências bancárias e lojas, foram depredados. Doze outros pontos do Centro tiveram pichações, sendo dois prédios tombados pelo patrimônio histórico: O Theatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, e a sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, que teve algumas janelas depredadas. O pórtico projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, na Praça do Patriarca, também sofreu pichações;
Um grupo tentou invadir o prédio da Prefeitura e pichou a fachada do Theatro Municipal, todos na região central. A manifestação aconteceu pacificamente na Avenida Paulista, na Marginal Pinheiros e em outros pontos da cidade.
Os estabelecimentos foram alvo de depredação, saques e incêndios, segundo o subprefeito. "O mais triste foram os dois prédios do patrimônio histórico pichados, a Prefeitura e o Theatro Municipal", disse.  A limpeza da parte externa da sede da Prefeitura começou nesta manhã. Sete bandeiras danificadas seriam repostas. Além disso, 189 lixeiras foram destruídas. Para fazer a limpeza da região central, 350 funcionários foram acionados.
Polícia
Segundo a Secretaria da Segurança Público, os atos de vandalismo renderam 69 prisões. Desse total, oito eram menores de idade.
Uma das lojas afetadas foi uma relojoaria da Rua Direita com a Rua São Bento, que teve  todos seus produtos roubados após a manifestação. Reginaldo Gonçalves, de 43 anos, gerente da Daiso, na Rua Direita, disse que só vai abrir a loja daqui a dois dias, já que os caixas foram danificados. "Eles mais destruíram nossa loja do que saquearam", afirmou.
Em nota, a operadora de telefonia móvel Claro informou que foi "vítima da violência durante as manifestações". Duas lojas da empresa foram danificadas e diversos aparelhos saqueados. A loja da Rua Barão de Itapetininga amanheceu com as portas fechadas nesta quarta-feira (19). A Claro afirmou que a loja terá que passar por reparos antes de voltar às atividades normais.
O prédio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na Barão de Itapetininga, no Centro de São Paulo, também foi alvo de vandalismo. A administração municipal informou que dois guardas-civis foram feridos na ação, ao tentar impedir a entrada na sede do governo municipal. Um deles foi atendido no posto médico da Prefeitura e levou nove pontos na cabeça. O outro teve uma contusão no rosto.
São Paulo: Prédio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na Barão de Itapetininga, no centro de SP, foi alvo de vandalismo durante manifestação na noite de terça (18). (Foto: Tatiana Santiago/G1)Prédio da CET foi alvo de vandalismo na noite de
terça-feira (18) (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Theatro depredado
O Theatro Municipal de São Paulo, que em 2011 foi reaberto após reforma que durou quase três anos e consumiu R$ 28,3 milhões,  também foi palco de protestos. O prédio foi pichado e as portas foram fechadas após denúncias de tentativas de invasão.
A Prefeitura informou que cerca de 300 pessoas estavam dentro da sala de espetáculo para assistir a uma ópera. Funcionários do Theatro optaram por não interromper a apresentação, mas a saída só foi permitida quando houve a confirmação de segurança nas redondezas.
Na Rua Augusta, que cruza a Avenida Paulista, diversos estabelecimentos foram depredados e manifestantes atearam fogo em sacos de lixo. Na esquina com a Rua Antônio Carlos, o bar e restaurante Athenas foi fechado devido ao protesto.
Quem estava na rua foi acolhido para o interior do estabelecimento, segundo contou ao G1 o gerente Vandeci Bezerra, que chegou a distribuir panos com vinagre por causa das bombas de gás que foram lançadas no exterior do bar por policiais da Força Tática que buscam liberar a via e impedir vandalismo. “Graças a Deus não houve depredação na nossa casa”, afirmou.
Ocupação pacífica na Paulista
Assim como ocorreu na noite anterior, a Avenida Paulista foi transformada em palco de manifestação pacífica. Os milhares que se reuniram ali ocuparam boa parte da via, sem incidentes. Até mesmo a notícia de que a Comissão de Direitos Humanos aprovou o projeto de lei que autoriza a chamada "cura gay" foi mote para diversos cartazes vistos na avenida.
"A manifestação foi ordeira e até bonita de se ver até a meia-noite. Depois sobrou um grupo de desordeiros e tivemos que intervir", disse o major da PM Marcos Antonio Felix. A PM e os bombeiros evitaram que um grupo colocasse fogo em um painel na Praça do Ciclista.

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