MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Para manifestantes de SP, protesto deve continuar mesmo se tarifa baixar


Fernando Haddad sinalizou nesta terça que o valor pode ser revisto.
Parte do grupo quer seguir nas ruas por melhorias na saúde e educação.

Lívia Machado Do G1 São Paulo

Após cinco protestos contra o aumento na tarifa dos transportes, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sinalizou, na manhã de terça (18), que o valor pode ser revisto. A mudança de postura e discurso do político, porém, não deve afetar uma parcela dos manifestantes que ajudaram o movimento a crescer. Para eles, os protestos continuam mesmo que a tarifa seja reduzida. O ato ganhou força e pleiteia mudanças em diversos setores de políticas públicas. Além da bandeira inicial - o preço do transporte -, os problemas na saúde e educação são os principais descontentamentos da população que pretende se manter nas ruas. Veja o que pensam alguns desses manifestantes, ouvidos pelo G1 durante protesto na tarde desta terça, o sexto na capital:

'Temos que continuar na luta'
Beatriz Scheer, de 17 anos, foi acompanhada da mãe, Carmem Sheer, de 51, para o ato desta terça-feira. Para a matriarca, a ocupação das ruas sinaliza uma mudança de postura e a esperança de que sua filha tenha um futuro melhor. “Acho que temos que continuar na luta. Ela tem 17 anos e cresceu com essa sensação de impunidade e violência. A minha filha merece uma juventude melhor.”


'Movimento tem pauta concreta'
Luana Bolone, de 31 anos, presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos, acredita que os atos ecoem diversos gritos da população. Para ela, além do tema especifico que originou as manifestações, o povo demonstra necessidade de brigar por outros problemas sociais. “Esse movimento se organiza por uma pauta muito concreta. É muito cedo para avaliar, mas a cena aqui na Praça da Sé congrega uma série de sentimentos de indignações da população brasileira."


'Lutamos por mais educação'
Maria Alicia, estudante de 20 anos, defende a ocupação da cidade independente de idade ou profissão. Para a jovem, a causa não é limitada aos valor da tarifa. “Lutamos por mais educação, saúde. Não estamos sós atrás da diminuição da tarifa.”



'A questão é muito mais ampla'
O professor da rede estadual de ensino levou para o ato desta terça um cartaz com todas as questões que considera mais preocupantes. Na visão dele, a manifestação segue independente de redução na tarifa. “A questão é muito mais ampla, e o brasileiro acordou para a realidade. Falta investimento na educação, que é a base de todo país, de toda nação.”


'O povo acordou'
Beatriz Gaspar, de 22 anos, estudante de música e atriz, acha um absurdo o aumento da tarifa. Para ela, o transporte não teve melhorias que justifiquem esse novo valor. É necessário seguir nas ruas protestando contra a construção de estádios para a Copa enquanto a população carece de um sistema de saúde e ensino de qualidade, segundo a jovem. “Vou continuar porque agora que o povo acordou, vai vir para as ruas reivindicar pela saúde.”


'Continuo pelo direito da mulher'
Melissa, de 32 anos, analista de sistema, diz que seguirá dando corpo às manifestações em prol de causas femininas e de minorias. Ela também deseja cobrar transparência e coerência nos gatos do governo. “Continuo protestando pelo direito da mulher, das minorias e bom uso do dinheiro público.”


'Sou contra descaso desse país'
Daniela Santiago Jacob, 19 anos, estudante de medicina, dará sequência ao seu ativismo independente do valor da tarifa. “Sou contra o descaso que acontece desse país que investe em copa e não pensam na saúde e educação.”



'Saúde e educação são preferência'
Audrey Dionízio, de 28 anos, foi ao ato desta terça, na Praça da Sé, com um grupo de amigos. Para ela e os colegas, dois temas são mais alarmantes. “Vamos continuar lutando pelos nossos direitos. Saúde e educação são a nossa preferência”.


 
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