Alguns chegam ao Hospital Santa Rita às 4h30, atendimento começa às 7h.
Gerente do hospital falou que não há necessidade de chegar de madrugada.
O aposentado Nilson Gomes chega cedo, por volta de 4 horas, para guardar lugar para a esposa. “Minha esposa faz tratamento do câncer, eu venho e guardo lugar para ela”, falou.
Segundo o aposentado Jessy Damasceno, que trata um câncer na próstata, é necessário chegar cedo para pegar um bom lugar na fila e conseguir atendimento nas primeiras horas da manhã. “Tem que chegar cedo, para poder pegar a ficha, porque não é só gente daqui que vem receber atendimento”, disse.
De acordo com o gerente ambulatorial do Santa Rita, Cristiano Venturim, não há necessidade de chegar de madrugada no local. “Estamos com uma estrutura nova, com 26 cadeiras e os pacientes consecutivos raramente excedem esse número. Então todos que chegarem cedo, vão ser atendidos nessa primeira leva de abastecimento”, garantiu.
No último dia 23 de maio entrou em vigor a lei federal que estabelece um prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Durante esse período, contado a partir da confirmação do diagnóstico e da inclusão dessas informações no prontuário médico, os pacientes devem passar por cirurgia ou iniciar as sessões de químio ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso.
Segundo Venturim, é necessária a conscientização do sistema de saúde em relação à legislação. “Às vezes a gente recebe paciente aqui que está com a biópsia feita há 60 dias, até 6 meses, já excedendo essa lei nova do tratamento oncológico. Então precisa haver uma conscientização das unidades de saúde, do sistema de saúde do estado, da necessidade de você atender rápido esses pacientes e direcionar o tratamento desse paciente. Todo tratamento oncológico, quanto mais cedo você começar, maior a chance de cura”, finalizou.
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