Mais de 100 mil pessoas participaram de ato; apenas houve hostilidade entre manifestantes e militantes de partidos políticos
O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A sétima manifestação organizada pelo
Movimento Passe Livre (MPL) desde o aumento das tarifas de ônibus em São
Paulo ocorreu de forma pacífica e reuniu 100 mil pessoas na noite de
quinta-feira,20, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Após o
registro de confrontos com a PM em manifestações anteriores, os
conflitos e hostilidades desta vez se limitaram aos participantes:
principalmente entre grupos apartidários e militantes do PT e de outras
siglas que tentavam exibir as bandeiras de suas legendas. Da paulista, a
passeata se dividiu, com blocos indo para a Prefeitura, a Assembleia
Legislativa e a Câmara Municipal. À meia-noite, o movimento já estava
disperso e apenas um pequeno grupo seguia na Rua Augusta.
Daniel Teixeira/AE
Manifestante queima bandeira do PT durante a passeata, ato que se repetiu diversas vezes
Após a concentração na Praça do Ciclista, a multidão se dividiu, com um grupo marchando no sentido Paraíso e outro parado no Conjunto Nacional. Havia cartazes pedindo o fim da corrupção e a redução da maioridade penal, além de criticar os partidos. Na Praça do Ciclista, permaneceram grupos ligados à causa original da redução da passagem, com bandeiras de movimentos ligados a siglas partidárias, como, por exemplo, o "Juntos", braço jovem vinculado ao PSOL.
Shopping. Clientes do Shopping Paulista tiveram de sair às pressas durante a passagem de manifestantes pela região. As lojas foram fechadas e os seguranças conduziram as pessoas pelas portas do fundo. Mas o designer Rodrigo Sanches, de 29 anos, disse que "não houve tensão". O centro de compras permanecia de portas fechadas.
A marcha prosseguiu pela Avenida 23 de Maio, bloqueando as pistas nos dois sentidos, quando houve nova divisão. Um grupo seguiu na direção do centro e da Prefeitura, enquanto outro caminhou para o Ibirapuera, onde se encontra a Assembleia Legislativa. Naquele momento, um pequeno bloco de pessoas já se concentrava na frente da Câmara Municipal. O policiamento havia sido reforçado no Viaduto do Chá - onde foram registrados atos de vandalismo tanto na sede da Prefeitura quanto no Teatro Municipal de São Paulo na terça-feira, 18. /ARTUR RODRIGUES, BRUNO RIBEIRO, BRUNO PAES MANSO, BRUNO DEIRO, LUCIANO BOTTINI FILHO e DIEGO ZANCHETTA
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