Projeto 'Arte em pneus' produz lixeiras, assentos e pula-pulas reciclados.
'Tribo do Mato' reutiliza pneus descartados por borracharias de Porto Velho.
Associação
cultural 'Tribo do Mato' produz pula-pulas, assentos e lixeiras a
partir de pneus reciclados, em Porto Velho (Foto: Halex Frederic/G1)
Utilizando pneus descartados de borracharias de Porto Velho,
os participantes do grupo não governamental ‘Tribo do Mato’ desenvolvem
projeto ‘Arte em pneus’, que recolhe os materiais das ruas para a
confecção de objetos, como pula-pula, balanços, lixeiras, entre outros.
Além da reciclagem, os desenvolvedores realizam oficinas para comunidade
com o objetivo de transformar o reaproveitamento de itens
biodegradáveis em geração de renda.Um dos criadores do projeto, o empresário Saulo Giordani, conheceu a ideia em uma das diversas feiras de esporte e lazer que visitou em São Paulo. “Quando eu fui a São Paulo, conheci o desenvolvedor desse projeto, Daniel Beato, que já realiza o ‘Arte em pneus’ há mais de 10 anos lá. Achei a ideia muito interessante e quis trazer pra cá”, conta.
Projeto 'Arte em pneus' realiza oficinas capicitadoras há mais de um ano, em Porto Velho (Foto: Halex Frederic/G1)
Após cinco anos aprendendo a desenvolver as peças e captando recursos de órgãos públicos e privados de Rondônia,
a associação cultural ‘Tribo do Mato’, criado pelo webdesigner
Alexandre Fernandes e pelos acadêmicos de gestão ambiental Felipe
Alexandre e de educação física Daniel Silva, participaram com a ideia da
reciclagem dos pneus em um edital para projetos ambientais realizado
pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema).O grupo venceu o edital e conseguiu verbas para formar uma oficina, que atua há mais de um ano em Porto Velho, para comunidade carente entre o público jovem e adulto da capital. “Além da conscientização ambiental, a gente tenta mostrar para as pessoas que a reutilização desse material biodegradável pode se tornar uma fonte de renda”, explica Felipe.
Os pneus são adquiridos sem nenhum custo nas borracharias da cidade, já que, de acordo com o acadêmico de gestão ambiental, não há uma coleta para este tipo de material na capital fazendo com que seja uma ajuda aos borracheiros que não sabem onde deixar os pneus. “Não é difícil encontrar os pneus, em cada esquina da cidade a gente encontra”, comenta.
Grupo
conta que investimento para confecção de peças não passa de R$ 10 e
podem ser vendidas por mais de R$ 150 (Foto: Halex Frederic/G1)
A partir da reciclagem, o grupo transforma os pneus em assentos,
balanços, lixeiras e pula-pulas. Daniel conta que o gasto fica entre R$ 8
a R$ 10 para a compra dos materiais para confecção do objeto. “Um
assento ou pula-pula, por exemplo, consegue ser vendido por, no mínimo,
R$ 150. Então, o ‘Arte em pneus’ levanta a bandeira da conscientização
ambiental, mas também mostra que pode ser um investimento rentável”,
explica.No momento, os materiais reciclados a partir de pneus são comercializados a partir de encomendas. O próximo passo do grupo cultural é atender todo o estado com as peças e com as oficinas capacitadoras através do projeto ‘Arte em pneus’.
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