MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Grupo entra em confronto com a Brigada Militar em Porto Alegre


Mesmo com chuva, cerca de 15 mil pessoas participam do protesto.
Conflito ocorre na Avenida Ipiranga, próximo à esquina da Erico Veríssimo.

Felipe Truda Do G1 RS

Manifestantes e polícia entram em confronto durante protesto na Avenida Ipiranga em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)Manifestantes e polícia entram em confronto durante protesto na Avenida Ipiranga em Porto Alegre
(Foto: Felipe Truda/G1)
Depois de um início pacífico de caminhada que reuniu 15 mil pessoas, um grupo entrou em confronto com a Brigada Militar depois das 20h na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre. Perto da Avenida Erico Verissimo, policiais jogaram bombas de efeito moral e atiraram com balas de borrachas nos participantes que avançavam em direção a eles. Houve conflito dos dois lados da rua e fumaça devido ao gás lacrimogêneo.
Alguns manifestantes entram em confronto com a polícia em protesto em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda/G1)Alguns manifestantes entram em confronto com a
polícia em protesto (Foto: Felipe Truda/G1)
Às 21h15, manifestantes formaram uma linha semelhante a do batalhão de choque da BM e gritavam "Sem Violência" na Avenida Azenha. A distância entre as duas linhas é de cerca de 15 metros.
Pouco antes das 21h, um grupo de manifestantes jogava pedras contra o Shopping João Pessoa, na avenida de mesmo nome. Como há uma obra próximo ao centro comercial, algumas pessoas pegam material do local para usar como arma. Com a fumaça, houve correria. Boa parte dos manifestantes se concentrou em uma praça em frente ao Colégio Júlio de Castilhos.
Houve uma ofensiva da Brigada Militar por volta das 20h50 na Avenida João Pessoa. Conforme os manifestantes avançavam, os policiais militares atiravam bombas de gás lacrimogêneo. Os disparos ocorreram também próximo a um posto de gasolina.
Algumas pessoas jogaram pedras nos policiais militares por volta das 20h30. Um manifestante furou o bloqueio e foi detido pela polícia. Pelo menos dois foram presos. Com as bombas, a maioria das pessoas recua. Após correria e com o avança da BM, o confronto saiu da Avenida Ipiranga, e restaram poucas pessoas no local. Na Avenida Lima e Silva, os policiais tentaram dispersar os manifestantes em direção ao centro jogando gás lacrimogêneo.
Alguns manifestantes destroem estabelecimentos comerciais na Avenida Azenha em Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)Alguns manifestantes destroem lojas na Avenida da
Azenha (Foto: Reprodução/RBS TV)
Na Avenida Azenha, também às 20h30, manifestantes arrancaram tapumes que protegiam as vidraças de estabelecimentos comerciais danificadas no protesto de segunda-feira . A loja de motos Honda foi atacada. Houve também saques. Placas de sinalização foram arrancadas para serem usadas como arma.
O protesto desta quinta-feira (20) estava marcado para as 18h, mas a concentração começou por volta das 17h. Manifestantes ocuparam o Paço Municipal e parte da Avenida Sete de Setembro, onde o trânsito está bloqueado.
No Hospital Ernesto Dornelles, pelo menos três pessoas foram atendidas. Duas levaram tiros de balas de borracha e uma teve ferimentos na perna. No Hospital de Porto Alegre, uma mulher de 28 anos foi atendida após ser atingida por bala de borracha.
Defensoria acompanha manifestantes
Cerca de 15 defensores públicos percorrem a rota dos manifestantes em Porto Alegre para garantir a legalidade e o livre exercício da manifestação de opiniões, conforme informou a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Eles estão identificados por coletes pretos. Mais seis defensores atuarão nos plantões das áreas judiciais e quatro permanecem na sede da instituição, como núcleo de apoio.
Para orientar motoristas e pedestres entre a tarde e a noite, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) tem um efetivo com 200 agentes nas ruas, principalmente na área central da cidade. Segundo a assessoria de comunicação, 30 câmeras de monitoramento auxiliam a acompanhar a movimentação e ajudam na segurança.
A previsão de manifestação motivou órgãos públicos a definirem novos horários de expediente. Lojas também poderão fechar as portas mais cedo, e efetivos de segurança serão reforçados entre a tarde e a noite.
O último protesto realizado na capital do Rio Grande do Sul reuniu cerca de 10 mil pessoas na segunda-feira (17). Na ocasião, o ato começou pacificamente e terminou com alguns registros de vandalismo.

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