Empresa lucra com fabricação de embalagens plásticas recicláveis

Transparentes, elas ajudam o consumidor a visualizar o produto.
Sobras são prensadas e entregues à reciclagem para reaproveitamento.

Do PEGN TV

Uma pequena empresa lucra com a fabricação de embalagens plásticas descartáveis usadas em restaurantes, padarias e mercearias. Transparentes, elas ajudam o consumidor a visualizar o produto. E o que é atrativo aos olhos, sempre vende mais.
O produto já tomou conta do mercado e agora a empresa também produz a embalagem descartável sob medida para o cliente. A expectativa de crescimento é de 40% este ano.
As embalagens plásticas recheadas de doces e salgados preenchem as prateleiras de padarias: tortas, bolos, docinhos, entre tantas outras delícias, em porções individuais ou mais generosas.
A empresa de Marcos Ugeda tem 28 funcionários. Marcos entrou no mercado em 2006. Começou com uma distribuidora, até perceber que fabricar os produtos seria uma oportunidade de aumentar os lucros. Para montar o negócio, o investimento foi de R$ 250 mil na reforma de um galpão e na compra de equipamentos.
“Começamos com um modelinho, terceirizando. A coisa foi tomando vulto, fomos lançando vários modelos, quando tivemos oportunidade, compramos nossa primeira máquina, nosso equipamento completo, que para você produzir, você precisa de um compressor, de uma máquina de corte, mais a vacuumform”, explica o empresário.
Vaccunform é o nome de um processo de moldagem plástica. Primeiro é colocado o filme plástico, que é aquecido e fica maleável. Depois de alguns segundos, por sucção, o material ganha a forma do molde. O equipamento é a peça chave na fabricação das embalagens. “É uma peça para recobrir outra peça. Seria uma proteção para o seu produto”, diz Ugeda.
Nada é desperdiçado. As sobras de plástico são prensadas e entregues a uma empresa que faz a reciclagem do material para ser reaproveitado na produção.
A maior parte das embalagens produzidas é usada em restaurantes orientais. A linha completa tem mais de 20 modelos. Um deles, por exemplo, chamado de berço, é um recipiente para molho shoyo. Por mês, são fabricados mais de 3 milhões de unidades. O produto é considerado, em volume, o carro chefe da empresa.
“Hoje nós transformamos entre PET e PS transparentes e preto, em torno de 45 a 50 toneladas por mês, isso nos gera um faturamento de R$ 300 a R$ 350 mil por mês”, diz o empresário.
Um restaurante japonês na região dos Jardins, em São Paulo, compra as embalagens da empresa de Ugeda. O produto é usado para armazenar os alimentos entregues no serviço de delivery. Paulo França usa, em média, 500 embalagens por semana.
“Dependendo da embalagem, você monta aqui e sai bonitinho, mas chega na casa do cliente tudo desmontado. Essas embalagens não, elas são práticas, eu posso empilhar uma em cima da outra, que não vai prejudicar o prato”, diz.
O mercado de embalagens no Brasil faturou R$ 46 bilhões em 2012. As embalagens plásticas estão no topo da lista de produção, representam 37% do volume total, seguidas pelas de papelão, metálicas e de vidros.
Para acompanhar o ritmo do mercado, Ugeda investiu em novos produtos. Além do setor alimentício, a fábrica passou a trabalhar também com outros segmentos e agora faz produtos sob medida.
“Atendemos também automotivos, farmacêuticos, cosméticos, veterinários. Essa pecinha, por exemplo, é feita para uma empresa que trabalha com peças exclusivas para automóveis”, diz Jéssica Lima, gerente de marketing.
Com isso, a expectativa do empresário é aumentar os negócios em cerca de 40% até o fim do ano. “Nós estamos investindo muito em 2013 (...). Eu acho que esse é um mercado que vai crescer muito”, avalia Ugeda.

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